Navegava na consciência cósmica quando lancei a âncora neste porto, o Planeta Terra, no dia 29 de agosto de 1943. Durante nove meses, aconchegado no íntimo de minha mãe, me preparei para o desembarque. Os Senhores do Karma, segundo a determinação da Suprema Consciência Cósmica, DEUS, providenciaram minha entrada neste plano físico, neste novo Curso de Evolução, direcionado ao aperfeiçoamento consciente, no lugar chamado Capivara à margem do rio Caxitoré no estado do Ceará, lá no sertão, numa casinha simples da qual só me lembro da varanda (alpendre) e da sala. Minha mãe teve dificuldade no parto (o primeiro) e meu pai teve que fazer uma promessa para São Francisco, padroeiro da cidade de Canidé. A promessa consistia de irmos (meu pai, minha mãe e eu) a pé de onde morávamos até Canidé e rezarmos um terço. São Francisco atendeu e a mãe Conceição (as parteiras eram também chamadas de mãe) ouviu meu primeiro choro quando me pegou. Só pagamos essa promessa quando eu já estava casado e com filhos. E fomos de carro.Mas pagamos a promessa. Antes, meu pai havia feito uma casa maior, onde os outros nasceram, menos a Rosânia. Dessa casa me lembro bem. Era uma casa de alvenaria bem arejada com um longo alpendre toda rebocada com uma massa de cal e areia do rio que a tornava bem branquinha. Havia uma sala e um quarto contíguo e uma sala de jantar. Em seguida tinha uma sala bem grande junto com a cozinha.
Nesse tempo, quando minha mãe estava terminando o almoço fazendo farofa de caldo de galinha, eu estendendo a mão pedia um pouco de farofa e a degustava prazeirosamente. Quando eu era criançinha pequena lá no Ceará, só comia carne assada. Não gostava de carne cozida. A única carne cozida que comia era de galinha e mesmo assim, a titela (peito). Na casa da mamãe é assim: cheio de manias. Mas quando encaramos o mundo é diferente. Se ficamos na casa dos outros temos que nos adaptar na medida do possível. Aos 18 anos ingressei na gloriosa Força Aérea Brasileira. Recruta da segunda turma de 1962 comia no rancho da Base Aérea de Fortaleza a "gororoba" que viesse e nem chiava.Também, depois daquela instrução de educação física, de "ordem unida", maneabilidade...comia-se até pedra ensopada. Bons tempos aqueles! Nos fins de semana, o corneteiro nos acordava com o toque de "alvorada" mas alguém já estava com o rádio ligado saturando o ambiente com aquelas lindas notas de "Look for a star" de Billy Vaughn.
Raimundo.
...continua..
GANDHI
Ao olharmos para a
colossal figura de Mohandas Karamchand Gandhi, sentimo-nos tocados por profundo
sentimento de respeito e admiração. Trata-se de um Espírito vitorioso, não
apenas nas lutas que empreendeu, na defesa dos fracos e oprimidos,
representados pelos irmãos de raça, por tanto tempo espoliados em seus direitos
de liberdade, mas, sobretudo, relativamente a si próprio: ele venceu-se a si
mesmo.
Como verdadeiro Mahatma
(alma grande), conseguiu, com sua maneira peculiar de fazer as coisas, aquilo
que apenas os grandes Missionários podem conseguir. Sua vida é bem um exemplo
de ética social e política para os nossos dias, cada vez mais conturbados por
dissensões políticas de toda ordem.
Teve infância comum, sem
que nada denunciasse o futuro Mahatma. Casou-se ainda criança, para mais tarde
seguir para a Grã-Bretanha, a fim de estudar advocacia. Terminado curso, voltou
à Índia, mas, não tendo êxito inicial na carreira que abraçava, foi tentar a
vida na África do Sul, onde obteve o maior sucesso.
Tudo indica que a
Providência Divina o havia levado ao continente negro para um necessário
estágio, na missão que lhe estava reservada e que seria a de provar ao mundo
como, paradoxalmente, pode um General da Paz vencer a guerra.
Encontrara, na África,
milhares de compatriotas, para lá imigrados, vivendo em regime de verdadeira
escravidão. E, sofrendo com eles as consequências vexatórias da segregação
racial, não tardou a empolgar-se pela conquista de seus direitos, no seio da
sociedade local. Iniciou um movimento de rebelião pacífica, surgindo, daí, o
grande líder, o campeão da Não-Violência.
Após cerca de vinte anos,
a luta contra os preconceitos havia chegado a condições satisfatórias. A
vitória, porém, não se resumiu nisso, uma vez que Gandhi conseguiu que
muçulmanos e hindus compreendessem a necessidade de melhorar os próprios
hábitos, instruindo-se e tolerando-se mutuamente, no que tangia às respectivas
divergências religiosas e de casta. Sentia Gandhi, através de profundas
observações sobre a natureza humana, que a auto-educação era o caminho mais
curto para a dignidade dos indianos, em meio tão heterogêneo.
Regressando, finalmente,
à Índia, Gandhi não encontrou ali problemas menos graves. Ele, porém, estava
preparado. A África do Sul, verdadeiro Alto Forno dos preconceitos raciais,
havia forjado o aço da espada de Paz e Amor, que agora seria sempre empunhada pelo
Apóstolo da Não-Violência. As lutas já vencidas haviam feito dele um homem de
inquebrantável têmpera, além de moral e intelectualmente realizado. Deixara,
atrás de si, não apenas a devoção de compatriotas, mas, também, o respeito e,
inclusive, o reconhecimento do governo inglês, que houve por bem condecorá-lo
com medalhas de guerra, por serviços prestados ao Corpo Indiano de Ambulância,
organizado pelo próprio futuro Mahatma, durante a guerra entre colonizadores
holandeses e ingleses, de 1899 a 1902.
Gandhi, por outro lado, também
já se encontrava em plena conquista de si mesmo. Convém assinalar, entretanto,
que, da índole violenta que o caracterizava nos primeiros tempos da África,
teve de palmilhar a íngreme e longa estrada que o levaria à imperturbável
serenidade do Mahatma. Foi, aos poucos, pondo em prática o Bagavad-Gita e,
portanto, revivendo o puro cristianismo.
As numerosas vezes em se
viu atacado, preso, apedrejado, surrado e quase sacrificado se deve, afinal, a
sublimação do seu caráter. A tais ofensas sempre respondia com compreensiva
resignação, o que lhe valeu ser apontado como aquele que mais se aproximou de
Francisco de Assis e, mesmo, do próprio Cristo.
Os obstáculos foram grandes
e muito deles seriam intransponíveis para o homem comum. Vencendo-os, Gandhi
conseguiu, sem ser conhecido como um grande místico, mergulhar profundamente
dentro de si mesmo, na busca do Eu Superior. De maneira não igualada, viveu o
político sagaz e o guia religioso ao mesmo tempo. A verdade é que, na sua
maneira correta de ver as coisas, não poderia dissociar do político a ética que
considerava indispensável para todos.
Gandhi via, no homem, a
personalidade que lhe empolga a vida física, mas, ao mesmo tempo, reconhecia a
individualidade que lhe é própria, a partícula divina e imperecível, que deve
ser a tônica dominante de sua existência. O indivíduo sofre, constantemente, as
duas influências e, geralmente, deixa que a primeira o domine, motivo porque
vive de “maya” ou ilusão. Gandhi, preferindo a segunda, evidentemente, seguiu
sempre em busca de Brahma.
E qual era a sua
religião? Perguntaram-lhe certa vez. Respondeu que era cristão, hindu,
muçulmano e judeu. Quer isto dizer que, compreendendo as religiões e
acatando-as, ele as transpunha, descortinando, mais além, o ponto para o qual
todos convergiremos um dia, após a experiência sofrida através dos mais
diversos e estreitos caminhos, antes de ingressarmos na larga e luminosa
estrada da redenção.
Convém notar que ele
realmente se considerava um cristão, mas não podia compreender o cristianismo
que se permitia a violência, a perseguição e a intolerância, conforme é comum
acontecer.
Quando ainda no
continente africano, em pleno vigor físico da mocidade, Gandhi resolveu fazer dois
votos importantes: o da pobreza e da castidade, com eles concordando sua jovem
esposa. Não lhe foi fácil a fiel observância de tais imposições, principalmente
quanto à segunda, uma vez que, segundo chegou a confessar, tinha tendência para
o sensualismo.
Reconhecendo-se ainda
falho e fraco, busca e consegue, em progressivo e penoso esforço, controlar os
próprios sentidos, fato largamente comprovado ao longo de sua vida de pureza e
santificação. Afirma Ficher, em “ Gandhi, sua vida e mensagens para o mundo”, que
o seu biografado “constituiu um caso de notável segundo nascimento durante uma
só vida”. Tal afirmativa, como é óbvio, nos enche de uma doce esperança.
A pobreza lhe valeu a
libertação, pelo desapego as coisas materiais, a castidade o livrou do
sensualismo e suas graves consequências, que geralmente imantam o homem à roda
das reencarnações penosas e sucessivas. A procura de Brahma, ou Deus,
“significa controle de todos os sentidos, a toda hora, em todo lugar, em
pensamento, em palavra e em ato”, explicou ele.
No constante esforço de
vencer-se a si mesmo, não poderia deixar de reprimir outro dos grandes flagelos
da humanidade: a gula. Embora, em relação aos ocidentais, os hindus já se
alimentam com frugalidade, Gandhi, vegetariano como o bom hindu, adotou um
regime alimentar ainda mais severo, assim mesmo interrompido, a miúde, por
jejuns completos. Daí, desse hábito desenvolvido ao máximo, nasceu outra arma,
para a conquista de justas reivindicações para os indianos. Com ela, Gandhi
conseguiu dobrar, muitas vezes, a intransigência de seus opositores, ora
causando as maiores preocupações aos ingleses, ora apaziguando os indianos nas
suas divergências, pois ninguém estava disposto a se ver responsabilizado pelo
desenlace do Mahatma, por inanição consciente, em impressionante protesto
pacífico contra injustiças sociais.
Inútil dizer que as
finalidades do movimento político encetado por Gandhi, jamais encerraram um
sentido egoístico, com vistas a funções de relevo nos negócios públicos, ou a
outras vantagens ocultas, para si ou para quem quer que fosse. Chegamos a
pensar que ele não tinha, pelo menos no início, consciência do que lhe estava
reservado pelo destino. Aconteceu que foi crescendo em inalienável valor e o
ônus de sua grandeza foi o de ver guindado a Guia Espiritual e Líder Político
de centenas de milhões de criaturas.
Ao voltar à Índia, encontrou
Gandhi problemas mais ou menos idênticos aos da África, porém, aumentados
geometricamente. De um lado, o poderoso e dominador Império; do outro, as condições
separatistas dos próprios indianos, sempre às voltas com insolúveis problemas
de intolerância religiosa e de casta, culminando esta última pela segregação
dos intocáveis párias.
A luta, portanto,
continuava para Gandhi, que, além da disciplina e compreensão entre os
indianos, queria para eles melhores condições de vida. Ampliou, assim, o
movimento da Não-Violência, movimento que acabaria por dar a Índia a
independência política.
Recebido como Mahatma,
pois seu nome havia transposto os limites do território africano, sua voz
passou a fazer eco através de toda a Índia, cuja população das mais numerosas
do mundo, começou a confiar naquele homenzinho modesto, feio, mirrado, de orelhas
grandes e pés em sandálias, sempre com o corpo enrolado num simples e alvo
lençol. Quem atentasse bem para seu semblante, contudo, poderia perceber sua
Alma-Força (Satiagraa) capaz de levar os homens às ações mais heroicas.
Fundou um retiro
espiritual (Asheram) que, desde logo, passou a ser visitado e habitado por
número sempre crescente de devotos e admiradores. Independente nas ideias como
nos atos, Gandhi era respeitado pelas mais destacadas figuras do Império, políticas
ou não.
A certa altura dos
acontecimentos, chegou a aconselhar a Não-Cooperação, medida que atingia de
perto os interesses econômico-financeiros dos dominadores. Foi o caso, por
exemplo, dos tecidos importados. Esse movimento causou alguns desempregos na
Grã-Bretanha, mas devolveu aos indianos maior confiança em suas próprias
possibilidades. Os tecidos estrangeiros foram postos de lado e o povo reiniciou
a arte caseira de tecer, começando pelo próprio Mahatma, que passou a trabalhar
na roca de fiar meia hora por dia, no mínimo. O boicote atingiu quase tudo o
que era inglês, até mesmo as honrarias, o que levou Gandhi a devolver as duas
medalhas de guerra ao vice-rei, dizendo: “Não posso conservar respeito nem
afeto para um governo que tem caminhado de erro em erro, no propósito de
defender a própria imoralidade”.
Rabindranath Tagore, seu grande amigo e admirador, não aceitava bem a
ideia da Não-Cooperação, tanto que chegou a afirmar, de Londres: “Que ironia do
destino eu pregar neste lado dos mares a cooperação cultural entre o Oriente e o
Ocidente, justamente na hora em que a Não-Cooperação é pregada no outro lado”.
Opiniões assim abalavam o Mahatma, mas não chegavam, contudo, a indispô-lo com
seus amigos.
Não
obstante os sofrimentos morais e físicos, Gandhi pretendia viver mais de cem
anos, conforme declarou em diversas oportunidades. A Índia caminhava a passos
largos para a independência, mas ainda havia a solucionar o problema maior, por
ele previsto, aliás, com muita antecedência: se houvesse divisão do território,
fatalmente correria um rio de sangue, entre muçulmanos e hindus. O sofrimento
máximo do Mahatma, na verdade, era testemunhar os choques armados contra o
governo ou entres os próprios indianos.
Chegou
o dia 15 de agosto de 1947 e com ele o nascimento de duas nações: a Índia perdia
algumas zonas populosas em favor do Paquistão muçulmano. Gandhi sentiu vontade
de morrer, para não ser testemunha histórica dos acontecimentos que se seguiram
e por ele veementemente condenados. Continuou, porém, firme no propósito de amenizar
as divergências, impedindo, com seu último jejum, que a guerra civil chegasse a
níveis imprevisíveis.
Alguns
jovens hindus, inconformados com o pacto de não agressão assinado entre os
responsáveis pelas partes em litígio, resolveram eliminar o Pacifista. E,
assim, no dia 30 de janeiro de 1948, um moço atirou no corpo alquebrado de um
Santo, fazendo o mundo todo chorar.
A vida
de Gandhi é um exemplo do nosso século. Dela poderíamos retirar muitos
ensinamentos, bastando, para tanto, discriminar as imperfeições humanas e
verificar qual o comportamento do Mahatma em cada caso. Nesta oportunidade,
entretanto, queremos, apenas, ressaltar o fato de Gandhi não ter podido impedir
a divisão da Índias em duas nações, por ele praticamente fundadas, apontando a
causa do único fracasso: a intolerância religiosa.
Um
homem que conseguiu vencer-se a si mesmo, que com uma palavra de ordem podia
abalar um poderoso império e que chegou a ser comparado aos maiores Mestres de
todos os tempos, não conseguiu que beneficiários diretos de suas ações fossem
levados a lutas fraticidas por políticos menos escrupulosos, que, num momento
psicológico, exploraram a intolerância entre religiões.
É um
tema para nossa meditação.
Nélson
Afonso (GES)
(Transcrito – Revista SABEDORIA, nº 1, de janeiro
de 1964)
OKINAWA
– Berço do Karatê e do Ko-budo
Da
situação geográfica ao contexto histórico
Denominado pelos chineses “Ryu Kyu”, estende-se,
por mais de 800 km, um vasto grupo de ilhas desde o promontório de Kagoshima
(extremo sul do Japão) até a ilha de Taiwan (Formosa).
Do centro dessa grande cadeia de ilhas,
de vários tamanhos, esparsas como poeira salpicando o mar, entre os
arquipélagos menores de Yaeyama e Miyato, destaca-se Okinawa com seus 1.500
km2, ocupando, sozinha, 53% da superfície do Ryu Kyu.
“Oki”: oceano ou grande, e “nawa”:
cadeia, corrente ou corda - em japonês -, essa ilha tem uma centena de
quilômetros de comprimento para uma largura de 30 a apenas 4 quilômetros –
quando se pode ver o mar da China a oeste e o Oceano Pacífico a leste. Seu
aspecto é realmente o de uma corda nodosa e flutuante.
Ao
norte, montanhas verdes e rugosas ou vulcânicas, belas encostas de corais franjados,
baías de águas límpidas e praias de areia branca queimando ao sol. Ao sul, na
parte mais baixa, campos de arroz, cultura de bananeiras, cana de açúcar e
ananás. Por todo o litoral pequenos portos de pesca e velhas aldeias cujas
telhas vermelhas reluzem à forte luz do dia.
É enganosa a tranquilidade aparente do
local: se o inverno é ameno, o verão é tórrido devido as chuvas trazidas pelo
monção (vento típico e periódico do sul e sudeste asiático) quase sempre
acompanhadas por devastadores tufões.
A
vida em Okinawa sempre foi rude. Para se adaptar ao meio naturalmente hostil e
extrair seu alimento de um solo fino e impróprio à cultura, o habitante de
Okinawa precisou forjar a vontade, a tenacidade e a engenhosidade – qualidades
que teria que ter ainda em dobro face a sucessivos invasores que pretendiam
subjuga-lo a todo custo.
O
instinto de sobrevivência faria surgirem recursos de resistência, técnicas de
combate a mãos nuas (ancestrais do Karatê) ou com armas improvisadas
(ancestrais do Ko-budo) – sai, bo, nunchaku, kama, tonfa, chimbe, tekko...).
Pescadores e agricultores de índole talvez pacífica conheceram uma história
tumultuada sobretudo pela opressão dos poderosos chineses e japoneses. Pela
preservação da própria individualidade e hostis a toda tentativa de integração,
geração após geração acabaram por forjar a alma do povo okinawense, como uma segunda natureza.
Hoje
ainda, embora território do Japão. Okinawa se sente muito diferente do
território metropolitano. Foi somente no início deste século que os okinawenses
aceitaram enfim desvendar suas múltiplas técnicas marciais, tão ricas em formas
de autodefesa, aos “estrangeiros” do Sol Nascente. Velhos mestres de Okinawa
passaram a ter, entre seus discípulos, praticantes japoneses. Ainda assim, boa
parte do estilo de combate nativo a mãos nuas ou com armas criadas pela
necessidade estará fadada a desaparecer com os últimos antigos mestres.
(Transcrito
– Revista Combatsport)
CAMINHOS
QUE SE CRUZAM
Dizem
os historiadores japoneses que o povo de Okinawa descende de habitantes da ilha
mais meridional do Japão, Kyushu, emigrados bem antes da era cristã. A história
é nebulosa. A morfologia e a mentalidade do okinawense é tão diferente da de um
japonês de Honshu quanto o é da de um habitante de Hokkaido, ilha a mais
setentrional do Japão, e descendente, este, dos nativos existentes bem antes da
chegada do elemento chinês, vindo da Coréia.
De
todas as etnias sucessivas que vieram se fundir em Okinawa, o elemento
puramente japonês foi provavelmente o último, introduzido a partir do século 14
– época em que a casta militar nipônica pretendia subjugar a ilha.
A
situação geográfica de Okinawa fez com que o local sofresse, em todas as
épocas, a influência de uma grande variedade de culturas, por entre as de seus
vizinhos mais possantes: China e Japão. Rota de encontro do comércio chinês,
japonês, filipino ou malásio; ponto de escala e objeto de cobiça dos navios
piratas vindos de todos os horizontes; entrada estratégica de toda região
adjacente, Okinawa acumulou, por muito tempo – aliada por seu sofrimento de
resistência – toda uma bagagem cultural e artística rica e fecunda.
Até
o século 13, pouco se sabe sobre a história de Okinawa. A ilha encontrava-se
virtualmente retalhada por clãs rivais que se enfrentavam continuamente. A
figura de Shunten (ou Sonton) – Senhor de Urasoe – emerge como o provável
primeiro rei de Okinawa e que construiu um sistema de defesa fortificado do
qual ainda restam vestígios. Esse fato histórico marca o início da ascenção de
uma classe guerreira autóctone que iria se firmando e se individualizando.
No
século 14, relações seguidas estabeleceram-se com a China, a Coréia, o Japão e,
mais além, com Java e Sumatra.
Sabe-se
que em 1372, o rei okinawense Satto prestou voto de obediência ao império
chinês Ming (1368 – 1644) ao qual passou a pagar tributo. Em 1429, a ilha foi
unificada pelo rei Sho Hashu que, pela primeira vez, soube reunir as velhas
províncias de Chuzan, Hokuzan e Nanzan. Era a época em que as grandes aldeias
de Naha e de Shuri se tornavam cidades comerciais prósperas, entrepostos de
todos os produtos do sudeste asiático e onde acotovelam-se japoneses, chineses,
indianos, malásios, thais e árabes. É também nessa época que a China da
Dinastia Ming enviou para a ilha importante grupo de artesãos e artistas –
mencionados em antigos documentos, como “As 36 Famílias”. Entre esses chineses,
sem dúvida, encontravam-se indivíduos que tinham conhecimentos das técnicas do
Box Chinês: são os primeiros vestígios de Shaolim Zu Kempo ou Chuam-fa
“importado” por Okinawa. Mas nada permite afirmar que essa arte tenha
oficialmente sido introduzida na ilha por verdadeiros mestres. Esse primeiro
impacto, ainda superficial, deu-se provavelmente na pequena cidade de Kumemura
onde estava instalada a parte essencial do grupo de imigrantes chineses.
Enfim,
uma quarta cidade, Tomari, passou a crescer e mais tarde viria a se constituir
no centro de um estilo próprio de Karate. (Nota: Shuri e Tomari estão hoje
incorporadas à cidade de Naha).
(Transcrito
– Revista Combatsport)
TO-DE:
A
marca do Shaolim
Nessa
época da história de Okinawa situa-se o elemento capital que iria decidir sobre
a orientação das artes marciais já conhecidas ou em curso de elaboração na
ilha: a promulgação de um édito que proibia o uso, o porte ou a conservação de
armas de qualquer natureza. Foram estas recolhidas em praça pública e estocadas
em entrepostos severamente guardados, no intuito de se desencorajar a menor
tentativa de revolta. Atribui-se a promulgação da ordem ao rei Sho Hashi (1421
– 1439) ou ao rei Sho-Shin (1447 – 1526) – a história é imprecisa neste ponto.
Em
vez de, no entanto, se desestimularem, os oprimidos okinawenses viram no fato
um motivo a mais para desenvolverem técnicas de combate apoiadas nas próprias
mãos e em elementos de Chuan-fa (trazidos pelos chineses) ou a se bastarem com
os instrumentos de uso doméstico de que dispunham, os quais seriam convertidos
em novas armas (origem do Ko-Budo).
No
início do século 17, o Japão saía de mais uma terrível guerra civil cujo
vencedor foi o clã dos Togukawa e o vencido o clã dos Satsuma, dirigido pela
família Shimazu. O novo Shogun mostrou-se hábil em desviar o furor dos Satsuma,
derrotados mas não destruídos, para as ilhas Ryu-Kyu: maneira astuciosa de se
livrar do inimigo e ao mesmo tempo estabelecer o controle japonês sobre uma
ilha até então submissa à China (e talvez não pensasse também em preparar nova
invasão à Coréia, pelo sul)?
Precisamente
no dia 5 de abril de 1609 os Satsuma se atiraram sobre Okinawa – que contava
então com meio milhão de habitantes -
com uma frota a desembarcar 3 mil guerreiros. Okinawa caiu sob o jugo do
clã invasor e ficou até o ano de 1879 – data em que a ilha se tornou território
japonês, incorporada ao império de Mutsu-Hito.
Logo
depois desta ocupação surgiram as principais ordens de Ichisa Shimazu. A mais
importante delas reforçava as disposições antigas: ficava proibido, pela
segunda vez, a posse de todo tipo de arma e qualquer prática de caráter
marcial. Ainda mais: os invasores japoneses confiscaram todos os objetos e
utensílios de ferro e desativaram as fundições. Pretendem alguns historiadores
que esse fato ocorreu também por falta do minério por parte dos Satsuma
rechaçados da metrópole.
Problemas
elementares de subsistência não tardaram a surgir: conta a história – ou a
lenda – que finalmente os nativos obtiveram do conquistador o direito de cada
aldeia possuir, à sua disposição, uma única faca, presa a grossa corrente na
praça central, guardada por dois soldados.
É
certo que novamente os okinawenses reagiram ao édito de Shimazu com forte
espírito de resistência e vontade de sobrepujar a desvantagem imposta: uma
verdadeira eclosão de táticas e técnicas individuais de ataque e defesa fora a
resposta. O século 17 contemplava o nascimento do To-De ou Okinawa-Te,
ancestral do Karatê. “”To” designava “China” e, por extensão de sentido,
“continente”; “Te” significa “técnica” em okinawense e mais tarde significaria
“mão” pelo idioma japonês.
A
dominante das técnicas de combate a mãos nuas era indiscutivelmente chinesa (ainda
que, com o passar do tempo, se mesclasse com influências outras) e
reportava-se, no essencial, à arte Shaolim – incluindo seus mais variados
aspectos como os estilos dos animais, a ênfase à respiração e a à força mental,
a eficiência dos golpes desferidos nos pontos vitais do corpo: em suma, as
mesmas diretrizes do Kung Fu.
Este
último aspecto emergiria bem mais tarde, para tornar-se preponderante no século
19, seguindo assim com um pouco de atraso a mesma revolução conhecida pelo
conjunto de artes marciais japonesas que evoluíram do Bugei (técnicas de
guerra) para o Budo (via da arte marcial).
A
proibição de Shimazu trouxe outra consequência inesperada: despertou não somente inusitado interesse
pelas técnicas de combate como generalizou uma prática até então restrita a
pequenas minorias. Foi a época de treinamentos enfurecidos em lugares secretos,
geralmente à noite e longe dos centros habitados: nos rochedos, à beira-mar,
entre os discípulos de confiança. Este ambiente de “conspiração” continuaria
praticamente até o final do século 19, uma constante no Okinawa-Te e explica a
desconfiança pelo conhecimento escrito, e ensino seletivo, a transmissão oral,
assim como as “representações” de técnicas letais, zelosamente ocultas em movimentos
aparentemente inócuos (a mesma ideia fundamental que se encontra nos katas).
O
Okinawa-Te revivia, assim, a tradição dos monges do mosteiro Shaolim então
perseguidos pelo policiamento imperial. Tecnicamente sabe-se bem pouco desse
período obscuro do Karatê, exceto que pés e mãos (pontas dos dedos, antebraços,
cotovelos, joelhos) tornam-se armas eficientes e rápidas, capazes de
substituírem as lâminas banidas. Não há lugar para a estética e também não se
pode dizer que os estilos já se individualizaram. É mais sensato situar no
século 18 a formação de 3 estilos básicos do Okinawa-Te: Naha-Te, Shuri-Te e Tomari-Te – dos nomes das cidades
nas quais eram praticados. Também pouco pode-se afirmar que já eram ensaiados
os primeiros katas – embora algumas fontes os façam retroceder até o Passai
(remota forma praticada no século 14). Como no Koshuki-naihanchi,
antiga
forma do Tekki, cuja posição em “cavaleiro de ferro” viria da necessidade de
treinar sobre rochedos escorregadios – a analogia entre os katas de Okinawa e
os do Kung Fu chinês foi levantada pelos historiadores, embora não haja provas
de que os okinawenses tivessem renunciado à preocupação prática do momento para
seguir a via ou modelo clássico. Muitos movimentos e atitudes do Okinawa-Te
foram também vertidos para as danças tradicionais da nação de modo a adormecer
a desconfiança das autoridades.
Paralelamente,
aperfeiçoavam-se as técnicas do Ti-Gua (ancestral do Ko-Budo) – denominação que
se dava ao treinamento desenvolvido a partir do uso de instrumentos agrícolas
ou pesqueiros, utilizados na vida cotidiana e que não eram de natureza a
inquietar o policiamento japonês de ocupação. Essas técnicas se desenvolveram
em nível de massa, enquanto que na China e no Japão eram exclusivamente de uma
elite guerreira, zelosa ao extremo da própria autoridade. Em Okinawa, talvez
mais do que em qualquer outro lugar, houve uma verdadeira osmose entre homens e
seus meios.
Okinawa-Te
e Ko-Budo constituíram-se em um marco da civilização, rústico sem dúvida, mas
em seu gênero elaborada expressão de todo um povo motivado pela feroz vontade
de independência e habituado a resolver com astúcia os problemas colocados por
uma existência extremamente difícil.
Pouco
a pouco, homens mais dotados emergiram do amálgama de praticantes, estilos se
diversificaram e líderes – que viriam a se tornar mestres – codificaram seu
ensino, deixando cada vez menos lugar à improvisação. No decorrer da lenta
maturação da “arte das mãos vazias” indivíduos de primeiro plano surgiram: alguns lendários, outros totalmente
históricos.
(Transcrito
– Revista Combatsport)
GICHIN
FUNAKOSHI - O Karatê de Okinawa
Gichin
Funakishi: de Okinawa para o Japão, a “Arte das Mãos Vazias” conquista o mundo.
Gichin
Funakoshi foi o homem certo que, no lugar certo e na época certa deu ao Karatê
de Okinawa o impulso de que este precisava para uma expansão que não conheceria
mais fronteiras.
Precursor
da chegada de outros experts okinawenses ao Japão, o chamado Pai do Karatê
Moderno trabalhou movido por uma energia feroz com o fim de desenvolver a arte de
seu solo natal em terras nipônicas e torná-la aceita pelos orgulhosos
japoneses.
Embora
de porte físico pequeno (1,67m. para 65kg.) Funakoshi soubera impor-se com
incomum energia, força mental e coragem ilimitada – aspectos que aliara a
natural benevolência, distinção de maneiras e impar gentileza no trato com
todos.
Para
muitos dos seus contemporâneos, Funakoshi
era “mais do que humano” – um “tatsujin” indivíduo fora do comum.
Quando
surgiu, pela primeira vez, aos olhos do público japonês com sua habitual
humildade, quase como que se desculpando por lá estar, na grande festa dos
esportes organizada em maio de 1922 em Tóquio, para cumprir com a demonstração
de Karatè, incluída de última hora em um programa de disciplinas ginásticas,
Funakoshi era um homem que passava dos 50 anos e não correspondia, fisicamente,
em nada, ao mito do “budoca terrível” que o Japão procurava fazer sobreviver,
numa época em que a nação atirava-se a uma frenética ocidentalização iniciada
em 1868 com a era Meiji. O Karatê surgia de maneira diferente das outras artes
marciais conhecidas no Japão (como o Jiu-jitsu e Judô também apresentados nesse
dia).
Educador
nato e fino psicólogo, Funkoshi soube como seduzir o público japonês: não
demonstrou apenas katas e formas de base, foi além, entusiasmou os assistentes
colocando a eficácia em estreita relação com as técnicas cientificamente
demonstradas – pela ação e pelas explicações claras e lógicas, numa linguagem
que convinha ao Japão ouvir, ansioso por modernidade.
Funakoshi
soube aplicar ao seu ensino uma metodologia “escolar”, uma progressão
perfeitamente escalonada, como aprazia ao espírito lógico dos japoneses e que
valeu a seu método, o Shotokan, o sucesso e o dinamismo que se conhece.
É
preciso dizer também que o desenvolvimento “dessa nova arte marcial” iria se
produzir em favor da ascenção da classe militar japonesa – o que, de certa
forma, alteraria a mensagem profundamente humana que Funakoshi pretendia expandir
através do seu Karate-do (fato que o mestre salientaria repetidas vezes em seus
escritos pessoais).
Jigoro
Kano, o criador do Judô, a partir de técnicas esparsas do Jiu-jitsu, havia
seguido o mesmo caminho de pesquisas e explicações científicas, de onde a
simpatia entre os dois mestres e uma amizade que duraria até a morte de Kano.
Fora, aliás, a pedido expresso de Jigoro Kano que Funakoshi aceitou ficar algum
tempo mais no Japão, ensinando sua arte...Pensava ficar uma semana, não poderia
supor que nunca mais reveria a areias de Okinawa, onde deixara esposa, 3 filhos
e 1 filha. Anos suceder-se-iam a anos e o desenvolvimento do kara-te solicitava
cada vez mais de si, segurando-o definitivamente ao voluntário exílio. Numa
manhã de maio de 1922 havia começado para Funkoshi, aos 53 anos, uma nova vida,
sem que se desce conta disso na ocasião.
Um
dos seus primeiros alunos, em Meishojuku, era neto de Takomori Saigo – célebre
herói samurai que havia se deixado matar há 50 anos, para defender o espírito
tradicional do velho Japão.
A
vida do mestre Gichin Funakoshi seria conhecida através de uma autobiografia
escrita em 1956 sob a forma de artigos publicados no “Sangyo Keizai Shimbun”
(Jornal do Comércio e Indústria) e retomadas na obra “Karate-do My Way of Life”
surgida em 1975.
Muitos
aspectos da personalidade de Funakoshi passaram a ser conhecidos através de
relatos daqueles que partilharam sua vida cotidiana. É o caso de Genshin
Hironishi: conta ele que seu mestre parecia bastante excêntrico às gerações
jovens do pós guerra (Segunda Guerra Mundial) já que continuava a seguir
hábitos de uma época anterior à Primeira Guerra Mundial. O velho mestre
recusava-se terminantemente, por exemplo, a frequentar uma cozinha ou a
pronunciar certas palavras japonesas modernas, criadas para denominar objetos
que não existiam na época da sua juventude e sem os quais passava muito bem.
A
primeira coisa que Funakoshi fazia de manhã era a sua toalete, de 1 hora, e
durante a qual escovava longamente os cabelos. Depois voltava-se em direção ao
Palácio Imperial e se inclinava com respeito, antes de fazer o mesmo em direção
a Okinawa. Só depois desses rituais imutáveis é que tomava o chá da manhã.
Até
o dia de sua morte, Funakoshi desejou ministrar mais que um ensino puramente
técnico, desejou passar aos discípulos, um estado de espírito, uma regra de
existência, uma filosofia de vida. Nos últimos anos, deu tanta ênfase a esse
segundo aspecto do Karatê, o aspecto moral, que levou certas pessoas a tomarem
por um “velho gentil mas ineficiente...Ingratidão, incompreensão ou ambas as
coisas.
Gichin
Fonakoshi nasceu em 1869 em Shuri, distrito de Yamakawa-Cho, Okinawa, filho
único de uma família modesta.
Ele
próprio chegou a alterar sua data de nascimento para 1870 (ou1871) a fim de
apresentar a idade exigida para prestar exame na Escola de Medicina de Tóquio –
no qual foi aprovado. Entretanto, não entrou para o curso: nova lei proibia aos
homens o porte de cabelos amarrados em coque sobre a cabeça (o “chon mage”,
símbolo da virilidade e da maturidade, em Okinawa). De espírito
tradicionalista, a família de Funakoshi recusava-se a aceitar essa imposição.
Pequenos
fatos, grandes efeitos: se tivesse ido para Tóquio na ocasião, não teria
conhecido o Okinawa-te e o Karatê teria tido talvez outra sorte. Aos 15 anos, o
jovem Funakoshi descobriu o que iria se tornar a paixão de sua vida. Seu
professor, na escola comum, era o filho de Yasutsune Azato – um dos maiores
experts de Okinawa-te e de família das mais respeitadas em toda a ilha.
Numa
época em que a prática da arte marcial de Okinawa era proibida pelos japoneses,
Funakoshi treinava em segredo, à noite, sem fazer alarde do que lhe ensinavam.
Era obrigado a repetir mês após mês o mesmo kata, “a ponto de sentir
exasperação e humilhação” – como escreveria em suas memórias – sob a expressa
proibição de passar a um novo kata sem a autorização de seu mestre.
Esse
ambiente rígido iria forjar seu corpo, de natureza frágil, e fortalecer sua
vontade, já obstinada. Os anos se sucediam e assim os treinos na casa do mestre
Azato. Invariavelmente, noite após noite, o jovem aluno percorria o mesmo
caminho, estendendo diante de si pequena lanterna, nas trilhas sem lua.
Mas
era preciso pensar também no futuro: em 1988, Funakoshi conseguia passar no
exame de auxiliar de mestre de escola primária. Para desespero de seus pais,
submeteu-se ao corte de cabelos...mas continuou praticando sua arte marcial.
Gichin
Funakoshi falava sempre com muita emoção dos tempos de sua juventude e de
mestre Azato do qual fora por muito tempo, segundo sua autobiografia, o único
discípulo. O treinamento era severo e o mestre avaro de comentários, ainda
menos de elogios aos progressos conquistados: tudo o que ouvia era “mais um
pouco”...e o melhor cumprimento se limitava a única palavra, “bom”... Somente
aos primeiros clarões da aurora é que Azato abria um pouco a alma e falava da
essência da arte.
Transcorria
ainda a época em que ninguém via interesse em transmitir conhecimentos por
escrito; época em que o Okinawa-te, oficialmente proibido, não deixava entrever
nenhuma possibilidade de carreira a instrutores profissionais; época em que
cada história contada tomava rapidamente as dimensões e lenda. Entretanto
Funakoshi insiste em suas lembranças nunca ter presenciado, no decorrer de sua
vida, façanhas que fossem além das possibilidades humanas e insiste também na
ideia de que todo homem tem seus limites.
E nessa época foi Funakoshi apresentado a
Yasusune Itosu, grande amigo de Azato, sabendo aproveitar a oportunidade e
usufruir da troca de ideias dos dois mestres a se entreterem sobre os aspectos
profundos do Okinawa-te.
Promovido em sua profissão, Funakoshi foi
transferido para uma escola pública de Naha. Por volta do fim do século e
sempre fiel a seus primeiros mestres, aprimorou sua arte e ampliou seu cabedal
técnico trabalhando com Kiyuna (que era capaz de descascar um tronco de árvore
com as mãos), Toona, Nigaki, Matsumura. Mas o essencial de sua bagagem técnica
já estava adquirido: formara-se esta do Shuri-te (Shorin) dos mestres Azato e
Itosu, expressa pelos katas heian, bassai, kanku, enpi, gangaku (termos japonesados”
que o próprio Funakoshi dera ás formas do “Daí Nippon Karate Do” a fim de não
lembrar aos japoneses a origem chinesa desses katas. Funakoshi também levaria ao
Japão certos katas tomados do Naha-te (Shorei), tekki, jutte, hangetsu, jion e
mais uma quinzena de formas antigas.
Nos anos pré-guerra foram criados os 3 katas
taikyoku (discutível se formas simplificadas para iniciantes ou se formas de
pura pesquisa criadas pelo filho Yoshitaka Funakoshi), assim como o ten no kata
(etapa de treino para o kumite, então desconhecidos dos puristas).
Quando Funakoshi chegava aos 30 anos de
idade, a “arte das mãos vazias” tinha sua primeira demonstração pública em
Okinawa, em 1906, e já era ensinada nas escolas como prática esportiva –
consequência do trabalho de Itosu. Por conseguinte, muitos japoneses
(considerados “estrangeiros” pelos okinawenses) puderam ter alguma noção dessa
técnica até então oculta. Foi aliás devido ao relatório que Shintaro Ogawa –
comissário do governo do Distrito de Kagoshima – dirigiu ao Ministério da
Educação, que o treinamento do Kara-te passou a ser oficialmente autorizado nas
escolas.
Alguns anos mais tarde, o capitão Rokuro
Yashiro assistia igualmente a uma demonstração de katas que o impressionou a
ponto de dar a seus homens ordem de treinar. Em 1912, a primeira frota
imperial, sob o comando do Almirante Dewa, acostava na baía de Chujo – o que
permitiu a uma dúzia de oficiais selecionados estudarem a “arte das mãos
vazias” por curto período de tempo. As primeiras noções desse Kara-te entraram
no Japão com o regresso daqueles oficiais. A primeira brecha iria abrir-se
ainda mais graças a uma primeira demonstração dada em Kyoto por Funakoshi, em
1916. Segundo algumas fontes de estudo, todavia, Tsuyoshi Chitose teria dado
uma demonstração ainda antes. Enfim, no dia 6 de março de 1921, o próprio
príncipe herdeiro Hiro Hito, em viagem para a Europa, faz uma escala em Okinawa
e impressiona-se vivamente com a demonstração de Kara-te feita diante dele. A
partir dessa época, marcada pelo renascimento do imperialismo no Japão e do
desenvolvimento militarista, os dirigentes japoneses passaram a ver no Karate-jutsu
um excelente meio, entre outros, bem
entendido, de fortalecer esta elite.
Foi no ano seguinte que Funakoshi retornava
uma segunda vez ao Japão e desta vez para não mais deixar o país, prisioneiro
do seu próprio êxito. Já outros haviam também tentado mostrar a “arte das mãos
vazias” em terras distantes, como Norimichi.Yabe, em 1920, nos Estados Unidos,
demonstração sem amanhã...
Em maio de 1922, Gichin Funakoshi, então
presidente da Okinawa Shobu Kai (associação criada para promover as artes marciais)
chegava a Tóquio. Em novembro assinava seu primeiro livro, “Ryukyu Kempo Karatê”,
igualmente a primeira publicação sobre o assunto, na qual explicava o espírito
da sua arte. As placas de impressão dessa obra foram destruídas pelo terremoto
de 1923, o que deu lugar a nova edição, revisada, a “Rentan Goshin Karatê
Jutsu”. Foi em 1935 que surgia sua segunda obra, desta vez verdadeiro manual
técnico, o “Karatê Do Kyohan”. A partir de então a popularidade da modalidade
crescia tanto, a ponto de encobrir seus próprios pioneiros.
A escolha de Funakoshi, por seus pares, para
ir ao Japão recaiu, é preciso insistir, no fato de que queriam que o primeiro
mestre a representar oficialmente Okinawa fosse tanto embaixador e diplomata
quanto técnico da arte. Gichin Funakoshi era também mestre de poesia e
caligrafia, ensinava profissionalmente a ler e a escrever o idioma japonês e
estava bem a par dos costumes do país com relação às boas maneiras e ao
comportamento social.
Há quem pretenda, como o mestre Soshim Nagamine,
que Choki Motobu tenha acompanhado Funakoshi a Tóquio por ocasião da histórica
demonstração. Em sua obra “Okinawa Kempo Karate Jutsu”, Motobu diz que fora ele
a convidar Funakoshi para tomar o lugar de instrutor principal no Japão, visto
não conhecer bem os costumes e a linguagem japonesa. Seja como for, o que é certo
é que Motobu ensinaria Karatê em Osaka a partir de 1923.
O encontro entre Funakoshi e Jigoro Kano foi
decisivo para a propagação do Karatê. Kano convidara Funakoshi para fazer uma
demonstração reservada no Kodokan – a maior escola de Judô de Tóquio. Funakoshi
demonstrou o kata Kanku dai (então chamado koshokun) e seu amigo e aluno Makoto
Gima (que havia estudado em Okinawa também com Yabu Kentsu) demonstrou o
naihanchi shodan.
Em 1924, Jigoro Kano, acompanhado de Nagaoca,
dava uma demonstração de Judô em Okinawa. Assim, ambos os mestres, de Karatê e
de Judô, continuaram a se dedicar mútua estima e conta-se que, até o fim da
vida – então que Kano morrera em 1938 – Funakoshi inclinava-se, todas as
manhãs, em direção ao Kodokan em memória do desaparecido.
Funakoshi fez numerosas demonstrações com
Makoto Gima que se tornou seu discípulo favorito. Não houve, entretanto,
nenhuma “ponte de ouro” Okinawa – Japão. O início foi duro! Em seu primeiro ano
no Japão, Funakoshi teve que se contentar com o dormitório dos alunos, em
Suidobashi, onde vivia em peça minúscula, ao lado da entrada. Durante o dia
ocupava-se dos afazeres rotineiros, à noite ensinava os primeiros alunos. Seu
primeiro discípulo japonês foi Tanaka Kuniki .Ao lado desse ensino gratuito,
Funakoshi ganha a vida dificilmente, graças a seus conhecimentos de caligrafia.
Passado algum tempo, Funakoshi pôde enfim
estabelecer-se em Meisho-juku, num pequeno ginásio. Em setembro de 1924 fundava
seu primeiro clube universitário, em Keio; em 1926, o segundo, em Ichiko,
Universidade de Tóquio. Em 1927, três escolas suplementares se juntam às até
então existentes: Universidade de Waseda, Universidade de Takushoku e Sho Dai.
Logo depois, outra em Hitotsubashi e ais outra e mais outra: de súbito dava-se
a explosão do Karatê no Japão! Em 1930, só em Tóquio, estavam abertos uma
dezena de dojos. Mas apesar da presença de seus filhos, agora vindos de
Okinawa, Funakoshi continuava a viver só.
Naquela época o ensino baseava-se
inteiramente nos katas e no bunkai, com o princípio de estudo de um kata em 3
anos: “hito kata san men”. Mas já, no próprio cérculo de Funakoshi, alguns jovens
estavam a fim de levar “a via da mão vazia” para uma direção mais” esportiva”
sem que o próprio mestre se desse conta. Aquele tipo de ensino, à antiga, não
bastava mais: a repetição fastidiosa de técnicas que nunca eram experimentadas
em combate começava a cansar.
Em 1927, três alunos de Funakoshi chamados
Miki, Bo e Hirayama, puseram-se a estudar por si mesmos o assalto livre (Jiu-kumitê).
Quando Funakoshi soube dessa iniciação e por ser fortemente contrário a essa
forma de Karatê, decidiu não ensinar mais naquele dojo. Mas o processo de
erosão de uma tradição até então salvaguardada estava em marcha.
Um dos alunos preferidos de Funakoshi,
Hironori Otsuka (futuro fundador do Wado-ryu) – que acompanhava fielmente o
mestre por ocasião da maior parte de suas conferências e que, aos 29 anos, era
ele próprio promovido a “mestre” na arte do Jiu-jitsu Shindo Yoshin-ryu –
decidiu desenvolver bem mais além os kumitês.
Em 1930, a Universidade de Tóquio foi a
primeira a usar protetores feitos com base nas armaduras de Kendo a fim de
tornar possível o assalto livre ou não controlado.
Foram anos decisivos. Gichin Funakoshi morava
então em Koishikawa, com o filho mais novo Yoshitaka (Gigo). Ensinava também em
um dojo de Kendo – recinto maior do que todos os anteriores que havia
conhecido: o Yushinkan , dirigido por Hakudo Nakayama.
É dessa época que data a mudança decisiva –
muito hábil da parte do mestre – da “arte da mão chinesa” para “ arte da mão
vazia”. Mas o movimento que Funakoshi havia lançado estava em vias de lhe
escapar: seu Kara-te havia entrado em plena “crise de crescimento”. A
popularidade da arte havia se tornado tal e a demanda por instrutores tão
intensa que numerosos “experts”, ou assim tidos, afluíam de Okinawa e com eles
surgia a inevitável rivalidade entre indivíduos e seus estilos.
Entre os mais importantes, foram ao Japão, em
1928, Muneiomi Sawayama (Kempo) e, no ano seguinte, Chojun Myage (Goju-ryu) e
Kenwa Mabuni (Shito-ryu). Depois, após 8 anos de estudo com Funakoshi, Hironori
Otsuka se separa do mestre para, com seu consentimento, criar um estilo
próprio, o Wado-ryu – forma de Karatê muito ligada ao que o fundador conhecia
do Jiu-jitsu japonês.
No início da década de 30, Yoshitaka – o
único dos filhos de Funakoshi a seguir suas pegadas, substitui o pai como
instrutor na Universidade de Waseda. Enfim, em 1935, Gichin Funakoshi pode
realizar seu sonho: a construção de novo e importante dojo, para agrupar os
alunos cada vez mais numerosos. Um comitê se encarregou de coletar, em escala
nacional, os fundos necessários e o Shotokan foi terminado no verão de 1936, no
quarteirão de Meijuro, Tóquio.
O nome que o comitê decidiu dar a esse dojo
provinha do pseudônimo sob o qual Funakoshi assinava outrora os poemas chineses
que lhes ocorria compor: “Shoto” (ondulação dos pinheiros ao vento) e “Kan”
(edifício). Logo o velho mestre, aos 67 já, apenas supervisionava o ensino, a
cargo de Yoshitaka.
Foi, entretanto, no decorrer dos últimos
tempos de paz que Funakoshi mais se prendeu à sua obra, a ser legada para
posteridade: codificou em suas formas definitivas katas e técnicas que iriam
marcar toda uma geração de jovens karatecas a se tornarem, por sua vez, experts
altamente graduados. Foi também a época em que o “estilo Funakoshi” se tornaria
internacionalmente o “estilo Shotokan”: com relação ao estilo antigo, as
posições se tornariam mais baixas e mais abertas, quase rentes ao chão; os
ataques mais longos e poderosos, desferidos com a ideia de um golpe único e
decisivo (chi-mei – golpe mortal) – inovações resultantes de pesquisas e
descobertas feitas por Yoshitaka. Funakoshi não seguia o filho em tudo, mas o
deixava fazer... Consta a esse respeito que Funakoshi se espantava as vezes com
a maneira de executarem uma técnica, chegando a indignar-se e a perguntar aos
constrangidos alunos quem os teria ensinado aquilo! E quando estes respondiam
“Yoshitaka”, o velho mestre interrompia o discurso com “ah! bem... bem...”
Na verdade, no Japão, Funakoshi também mudara
o Kara-te que havia aprendido em Okinawa, incorporando-lhe elementos vindos de
outras artes marciais japonesas (budo), mas sobretudo burilando-lhe a ética e
criando assim uma regra de vida e uma filosofia, um verdadeiro “do” – via de
perfeição a ser seguido pelo homem. Ele próprio dava o exemplo de sobriedade,
educação, vivacidade de espírito. O Shotokan foi durante anos um núcleo de
futuros experts e muitos karatecas iniciantes que depois atingiram os mais
altos níveis caminharam primeiro por essa trilha...
Veio então a guerra, que disseminou os
melhores karatecas pelas unidades de combate. O ano de 1945 foi terrível: os
antigos mestres foram dizimados, o Shotokan foi destruído por um bombardeio e
Yoshitaka morreu de tuberculose. Sob a pressão das tropas do General Mac
Arthur, numerosos civis de Okinawa foram evacuados da ilha e, entre eles, a
esposa de mestre Funakoshi que havia sempre se recusado a deixar a terra natal
– os túmulos e o altar de seus ancestrais. O velho casal se encontrou em Oita,
Kyushu, mas só permaneceu reunido por 2 anos: no outono de 1947 morria a mulher
de Funakoshi. O velho mestre ressentiu-se muito com mais essa perda. Levou as
cinzas da esposa para Tóquio e ali viveu, em retiro, com a única companhia do
filho mais velho. Somente em 1948 a proibição da prática das artes marciais
impostas pelas forças armadas americanas de ocupação foi suspensa. Gichin
Funakoshi, apesar da idade avançada, recomeçou a ensinar em Keio e Waseda.
Mas sua época havia passado! Entretanto,
desde de 1949, a ressurreição do Karatê acontecia sob o impulso dos últimos
sempai (alunos antigos) de Funakoshi que criaram que criaram a Japan Karatê
Association – JKA – da qual Funakoshi era nomeado instrutor de honra; e Obata,
presidente. O novo Shotokan estabeleceu-se no quarteirão de Yotsuya, em
Suidobashi, nos locais do velho Kodokan. Na verdade, Funakoshi era agora no
novo dojo apenas uma imagem, um símbolo, um ancião respeitado pela obra mas
afastado do plano técnico. E ele sabia disso. Seu papel limitava-se a algumas
visitas – o que permitiu a numerosos experts, alguns de renome internacional,
alegarem serem deshi (alunos antigos) do mestre a se digladiarem pela sucessão,
lembrando cada vez menos aquele que, durante toda uma vida “semeou humildemente
em todas as direções”...
A Japan Karate Association introduziu o
jiu-kumitê no treinamento clássico a partir de 1951 e acabou por se tornar uma
organização cada vez mais comercial, ambicionando uma projeção mundial graças a
seus experts que se revelaram realmente dinâmicos e tecnicamente convincentes.
A unidade da organização quebrou-se já quando Funakoshi ainda era vivo, pois em
1954, o próprio Obata partia para seguir seu próprio caminho, e depois outros
mais.
Em 1958 desenrolou-se o primeiro shiai
oficial, vencido por Hirokazu Kanazawa. Mas Guichin Funakoshi não pôde mais ver
isso: morreu em 26 de abril de 1957, aos 88 anos. Consta que, em seus últimos
dias, no leito de morte, fez ainda alguns movimentos com os braços, dizendo
começava a “sentir o tsuki” (golpe de punho). Conta-se entretanto tantas coisas
que não podem mais ser constatadas e nem ao menos corretamente interpretadas.
A morte de Funakoshi, depois de mais 10 anos
nos quais deixara a responsabilidade técnica de ensino relegada a outros,
colocaram-no definitivamente no rol das figuras lendárias. Sua lembrança não
pode mais se diluir, nem mesmo por aqueles que não lhe compartilhavam o ensino.
O “Estilo Funakosi” sempre fora “formar o
homem mais que o guerreiro”. O velho mestre tinha o costume de perguntar: “Qual
a utilidade de um homem forte, mas sem filosofia”?
A essência de sua abordagem a “arte da mão
vazia” esteja talvez contida nestas duas sentenças:
KARATÊ NI SENTE NASHI (Não há técnica
ofensiva no Karatê) – perenemente gravada no monumento erigido em sua memória,
no templo Zen Engakiji, de Kita Kamakura.
GIJUTSU YORI SHIJUTSU (Intuição antes da
técnica; a intuição pressente o perigo e evita o combate).
(Transcrito – Revista Combatsport)
Revista SABEDORIA (Setembro de 1966)
Respostas de C. Torres Pastorino:
Raimundo Pinto Nunes – Fortaleza (CE)
Faz-nos três perguntas:
1) O
nome de Buda é pouco conhecido no Ocidente. Dar-se-á o mesmo com o de Jesus no
Oriente, onde predomina o budismo, o islamismo, etc.?
R. – Cremos que sim (apesar de lá serem mais
numerosas as “missões cristãs”), mas não temos dados concretos para uma
resposta segura.
2)
Jesus e Cristo são duas individualidades diferentes, servindo–se o Cristo da
mediunidade de Jesus (personalidade) para seus ensinos?
R. – O Cristo Cósmico, Filho Unigênito do Pai, é o
terceiro aspecto da Divindade que habita em cada criatura (por isso também
denominado Cristo Interno) constituindo a Centelha Divina, ou Mônada, ou EU
profundo de cada ser.
A
individualidade é o Espírito (com “E” maiúsculo) que constitui “a
individualização do Princípio Inteligente”, isto é, Deus (cfr. A. Kardec, Livro
dos Espíritos, resposta 79) e que faz sua trajetória evolutiva eterna.
A
personalidade é o espírito (com “E” minúsculo) constituído pela descida do
Espírito aos planos inferiores assumindo um nome em cada encarnação.
Jesus
possuía sua própria personalidade (com o nome de Jesus), que era a
personalização de sua própria individualidade eterna como ocorre com todos os
homens, e seu EU profundo era o mesmo Cristo Interno que em todos reside.
Acontece porém, que, por sua evolução adiantadíssima, a individualidade tinha
total domínio sobre a personalidade, que humildemente “se aniquilou” para
jamais interferir com a direção do Espírito; e o Espírito, já unificado com o
Cristo Interno, deixava que Este agisse, expandindo-se plenamente; de tal forma
que, em última análise, era realmente o Cristo que agia através da
individualidade e da personalidade de Jesus. Não havia, pois, incorporação de
“outro espírito”, por mais elevado que fosse. O próprio Cristo Interno, seu Eu
profundo, a Centelha Divina SE MANISFESTAVA integralmente através dele; e por
isso escreveu Paulo: “nele habita a plenitude da Divindade”; e por isso,
durante séculos, é adorado como Deus (a Centelha Divina é Deus); e por isso
Kardec disse que Jesus (a personalidade) era médium de Deus (de seu Cristo Interno
e Divino); e por isso a designação Cristo incorporou-se a seu próprio nome:
Jesus Cristo.
Tudo
isso, que ocorreu com Jesus, está previsto que deverá ocorrer conosco: para lá
vamos.
3)
Krishna e Cristo são a mesma individualidade manifestada em épocas diferentes?
R. – A pergunta é incorreta: deve ser entre Krishna
e JESUS, e não Cristo, já que o Cristo é a Centelha Divina que está em todos
(resposta anterior).
Lógico
que não podemos dar certeza do ocorre em plano tão elevado; nossa ignorância,
por falta de evolução, nada pode garantir. Mas pessoalmente somos de opinião (por
enquanto) de que realmente se trata da mesma individualidade que encarnou em
Krishna e Jesus.
Ejaculação precoce. O Guia definitivo.
Ejaculação precoce.
O Guia definitivo.
Resumimos nosso e-book sobre ejaculação precoce. Leia abaixo!
A ejaculação é considerada precoce quando o homem não consegue ter controle sobre o momento da ejaculação.
Ela pode ocorrer até mesmo antes da relação sexual nos casos mais graves, logo no começo ou mesmo durante a relação, após poucos minutos.
O diagnóstico basicamente e feito pela história clínica quando o paciente relata que não sabe exatamente a
hora que vai ejacular e, por isso, fica difícil controlar. Se isso ocorrer uma
ou duas vezes não será suficiente para determinar se o homem sofre desse
mal.
Para que o distúrbio seja realmente identificado, a ejaculação precoce
precisa acontecer muitas vezes. Se o homem não satisfizer a mulher em
cerca da metade das relações sexuais, pode ser um forte indício de que ele
ejacule antes do que deveria.
Enquanto o homem dificilmente consegue dizer quanto tempo durou
a relação, a mulher consegue mensurar a duração do ato sexual até o
orgasmo ser atingido. Por isso, o índice de satisfação do sexo feminino é
usado como uma das maneiras de identificar a síndrome.
Não há um parâmetro de tempo para determinar se ocorreu ou não
uma ejaculação precoce. Essa percepção é um pouco mais subjetiva e
depende da observação do casal. A parceira certamente vai notar se a
ejaculação acontece mais rapidamente ou não. A mulher usa o tempo que
leva para atingir o próprio orgasmo como parâmetro.
Já o homem pode notar que muitas vezes a penetração nem ocorre
e ele já ejacula. O que era para ser um ato prazeroso para os dois acaba
se tornando um problema. A boa notícia é que ele pode ser tratado e o
casal consegue recuperar o desempenho sexual de antes.
Através da análise biológica e fisiológica do que seria um quadro
considerado normal, constata-se que a ejaculação tem dois estágios.
No primeiro, o sêmen é expulso dos órgãos considerados acessórios da
reprodução (próstata, vesícula seminal e canal ejaculatório) para a uretra.
Na segunda etapa, o líquido se dissipa pela uretra até o orifício da cabeça
do pênis, que recebe o nome de meato uretral. Essa segunda fase é a do
orgasmo. Na ejaculação precoce todo o processo acontece de forma muito
rápida.
Uma das principais causas é a ansiedade. Esse estado de humor
impede o controle da ejaculação durante o ato sexual, o que acaba gerando
mais ansiedade. Cria-se, dessa forma, um verdadeiro círculo vicioso.
Quanto mais adrenalina é produzida, mas rápida a ejaculação ocorre. Em
casos mais graves, o homem pode desenvolver problemas de disfunção
erétil.
Isso acontece principalmente na adolescência, quando o medo
e a falta de experiência aumentam a ansiedade. Geralmente, com o
amadurecimento, os jovens passam a ter mais controle sobre o próprio
corpo e o problema desaparece.
O sistema nervoso central é por controlar todo esse
processo. Essa estrutura comanda todas as nossas ações, voluntárias ou
não. Tanto a urina quanto a ejaculação são reguladas pelo esfíncter uretral
externo. Quando o homem está nervoso, involuntariamente esse esfíncter
relaxa e a ejaculação rápida ocorre.
Porém, como foi dito anteriormente, homens mais velhos também
apresentam ejaculação precoce. Dentre as causas que podem fazer com
que um adulto sofra desse problema, além da própria ansiedade, estão:
Hipersensibilidade na glande do pênis:
Uma das causas de ejaculação precoce nos homens adultos é a
hipersensibilidade na glande do pênis ou cabeça do pênis. Nesses casos,
com a menor estimulação, a ejaculação acontece.
Através de um aparelho chamado bioestesiômetro, os médicos podem
medir a sensibilidade do paciente e, assim, detectar o problema. O exame
é indolor. Sinais vibratórios são enviados para quantificar o tempo de
resposta e a sensibilidade da glande. Com esse exame, pode-se diagnosticar
se essa é ou não a causa do problema.
Baixo fluxo sanguíneo:
Outro problema bastante frequente com o avanço da idade é a diminuição
do fluxo sanguíneo na região do pênis. Se as artérias cavernosas não
apresentarem uma circulação de sangue satisfatória, a ejaculação precoce
secundária pode acontecer.
Diferentemente da ejaculação precoce primária, a secundária é decorrente
da incapacidade de alcançar ou de manter uma ereção. Como a ereção não
pode ser mantida por muito tempo, a busca pelo clímax de uma maneira
mais rápida acaba gerando a ejaculação precoce.
Nesse caso, o primeiro
passo é resolver a dificuldade de ereção para só depois tentar sanar o
problema da ejaculação.
Como não existe um tempo certo para considerar se a ejaculação é
precoce, o homem precisa ouvir sua parceira (o). Mas se ele notar que
ejacula antes mesmo da penetração e que isso já ocorreu várias vezes
é bastante provável que sofra desse problema. Em alguns casos, o pênis
nem chega a enrijecer completamente e a ejaculação já ocorre.
Pesquisadores chegaram a determinar o que seria o tempo de
permanência do pênis dentro na vagina. O IELT – sigla em inglês
para intravaginal ejaculation latency time - é a duração de uma penetração
até a ejaculação. Um estudo publicado no “Journal of Sexual Medicine”
mostra que o IELT médio entre os homens é de 5,4 minutos.
Outros pesquisadores alegam que se o homem ejacular em menos de
um minuto, já pode considerar que teve uma ejaculação precoce. Porém,
os dados usados como referência neste assunto são de dois pesquisadores
norte-americanos pioneiros da terapia sexual: Willian Masters e Virgínia
Johnson.
Nos anos 1960, eles concluíram que os homens que têm uma
ejaculação rápida são aqueles que não conseguem continuar a penetração
até satisfazer a parceira. E isso tem de acontecer em mais ou menos 50%
das relações do casal. Se esse for o seu caso, é melhor procurar um médico
o quanto antes, para que o diagnóstico seja feito e o tratamento, realizado.
Grande parte dos homens que nota esse problema chega às clínicas
contando que não estão conseguindo satisfazer a esposa, namorada ou
companheira. Para agilizar o processo de avaliação, importante que todas
as informações que o paciente considera relevantes sejam transmitidas
ao médico. O médico precisará fazer uma série de perguntas, conhecer
todo o histórico do paciente para, então, encaminhar os exames clínicos
adequados.
Quando os homens desconfiam que apresentam um quadro de
ejaculação precoce, a principal preocupação deles é sobre o processo de
cura. O tratamento, no entanto, é relativamente rápido.
Existem terapias diferenciadas. Elas vão variar de acordo com
as causas diagnosticadas pelo médico. Em grande parte dos casos,
é remendada a psicoterapia. Através desse procedimento, o homem
consegue identificar e controlar suas emoções e, por consequência,
segurar a ejaculação.
A parceira também pode participar de algumas sessões. Nesses casos,
é comum a interação entre o casal melhorar. O uso de antidepressivos
para inibir a recaptação de serotonina também pode ser indicado para
tentar controlar a ansiedade.
Há também uma linha terapêutica que recebe o nome de “tratamento
cognitivo-comportamental”. São exercícios que o homem pode fazer em
casa. É importante lembrar que eles devem ser feitos quando há indicação
de um profissional, ou seja, primeiro é necessário fazer um diagnóstico
com um especialista. Só depois de receber orientação é que os exercícios
podem ser feitos.
Veja alguns deles:
Técnica de distração: a orientação é para que o homem, durante o ato
sexual, pense em outra coisa que o desligue do sexo e, se notar que a
ereção está acabando, volte sua atenção à parceira.
Técnica de compressão: consiste em comprimir a base da glande por 4 ou
5 segundos assim que sentir muita excitação.
Técnica stop-start: orienta o homem a ficar sobre a parceira para ter
maior controle do movimento durante o ato sexual. Quando estiver muito
excitado, deve parar de se mover, aguardar e então voltar.
Essas tarefas ajudam o homem a entender e a controlar a ejaculação.
Porém, não são indicadas para todos os casos. A indicação de tratamento
depende de diversos fatores, dentre eles o estado clínico do paciente, a
idade, o condicionamento físico, entre outros.
Por fim, existem medicações eficazes usadas como forma de tratamento.
São diversos tipos de remédios que retardam o tempo da ejaculação. Essas
drogas só podem ser prescritas por médicos e nunca devem ser tomadas
por conta própria. Elas causam diversas alterações no organismo e por
isso, é preciso cuidado. Nem sempre elas serão indicadas e se forem,
podem vir com forma de suplementação.
Uma alternativa: spray que combate ejaculação precoce
A nova abordagem criada exclusivamente pelo Grupo de Andrologia
é usar sprays contendo formulações específicas de drogas, porém em
subdoses e associadas para minimizar os efeitos colaterais e terem seu
efeito terapêutico potencializado. A proposta é usar um veículo carreador
mais potente numa via de administração mais eficaz, no caso a sublingual.
Em conjunto com aminoácidos precursores do vasodilatador óxido nítrico,
benzodiazepínicos naturais, fitoterápicos e alopáticos que possuem ação
vasodilatadora e circulatória, esta nova associação é surpreendentemente
eficaz. Há melhora clínica e psicológica, potencializando o efeito do tratamento.
Esta associação permitiu que menores doses fossem administradas,
minimizando ou extinguindo efeitos colaterais indesejáveis, além de
aumentar o período pré-ejaculatório em 7 vezes ou mais. Outra vantagem
do uso de micropartículas em aerossol é que, usada pela via sublingual, os
fármacos são absorvidos rapidamente.
O retardo na ejaculação, assim como a melhora na qualidade da
circulação peniana, permitiu maior satisfação dos pacientes com ejaculação
precoce e diminuiu acentuadamente o período de latência pós-ejaculatória.
Ou seja, a ereção muitas vezes persiste mesmo após a ejaculação.
O tempo de tratamento preconizado varia, mas em média é de 6
meses, com uso diário desta medicação com acompanhamento médico.
Alguns pacientes curam-se, outros podem precisar de doses de manutenção
de uma ou duas vezes na semana ou eventual, antes da relação ou a critério médico.
Para que qualquer um dos tratamentos citados acima seja realizado,
é necessário contar com a ajuda médica. Todo o histórico do paciente será
necessário para se estabelecer o diagnóstico e as formas de curar. Se a
ejaculação precoce for realmente diagnosticada e decorrente da ansiedade,
será necessário identificar qual é a causa da instabilidade emocional.
O prognóstico é bom, ou seja, as chances de cura são grandes quando
o especialista é procurado e o tratamento feito de forma adequada. No
geral, com pouco mais de seis sessões de terapia especializada, o paciente
já sente uma melhora satisfatória em seu desempenho.
Claro que para que tudo isso ocorra de maneira mais saudável, a
parceira precisa ser informada e ajudar, na medida do possível, o homem
a ter um melhor controle de sua ejaculação.
Algumas dicas podem ajudar no dia a dia do casal ou durante a consulta
médica:
- Não tenha vergonha! Se notar que algo não está bem com você, procure
um especialista. Na maioria das vezes, o tratamento é relativamente
rápido. Quanto mais tempo você demorar para procurar um especialista,
mais tempo sofrerá com o problema.
- Aceite o tratamento. lembre-se que o médico estudou e pesquisou por
muitos anos. Confie nele. Se ele indicar uma psicoterapia, aceite e faça.
Será bom não apenas para você, mas para sua parceira também. Portanto,
invista na melhora do seu relacionamento.
- Orgasmo simultâneo. Saiba que nem sempre ele acontece. O ideal é que
tanto você quanto a sua parceira cheguem a ele, cada um ao seu tempo.
Não se preocupe demasiadamente com isso. Quanto mais preocupado, mais ansioso e quanto mais ansioso, mais difícil
controlar a preocupação.
- Uso de medicação. Dependendo do tipo de tratamento orientado
pelo profissional, pode ser que o uso de medicação antidepressiva seja
prolongado. Converse com ele sobre isso e sobre alternativas de tratamento.
Lembre-se: conhecer o próprio corpo e aprender a lidar com as emoções
do dia a dia são essenciais para o tratamento. Nem sempre as pessoas
conseguem chegar a esse estágio sozinhas. Por isso, a ajuda médica é tão
importante.
O Grupo de Andrologia é uma clínica especializada no tratamento de disfunções sexuais como: disfunção erétil, ejaculação precoce, falta de libido e impotência sexual, oferecendo além do tratamento
convecional presencial, a possibilidade do paciente realizar uma consulta
online, e obter o tratamento diretamente de sua casa. Nosso blog
www.grupodeandrologia.com.br/blog-impotencia-sexual/ traz mais
informações.
Nossa equipe de médicos é formada e credenciada pelo Conselho
Regional de Medicina – CRM, nosso médico coordenador é o Dr. Luis
Henrique Leonardo Pereira – CRM/SC 11548.
Camaradas esquerdopatas!
Após efusiva reunião, ao estilo PEB (socos na mesa, cusparadas, xingamentos etc.), deliberamos que, antes de legalizar nosso partido, precisamos nos preparar para o decreto bolivariano (n°8.243/2014).
Urge organizarmos grupos de ocupação administrativa, para nos adequarmos ao item 8 das estratégias do Foro de São Paulo, como forma de assegurarmos o poder!
Por um Brasil Esquerdopata!!!
Após efusiva reunião, ao estilo PEB (socos na mesa, cusparadas, xingamentos etc.), deliberamos que, antes de legalizar nosso partido, precisamos nos preparar para o decreto bolivariano (n°8.243/2014).
Urge organizarmos grupos de ocupação administrativa, para nos adequarmos ao item 8 das estratégias do Foro de São Paulo, como forma de assegurarmos o poder!
Por um Brasil Esquerdopata!!!
Sintomas do câncer de próstata
Problemas cardiovasculares, câncer de pulmão, de pele e de próstata estão na lista das doenças que mais afetam os homens. O alcoolismo, o tabagismo, a má alimentação e a falta da prática de atividade física são os principais fatores que ocasionam muitas dessas doenças.
Doença
O câncer de próstata se desenvolve na glândula do órgão reprodutor masculino, responsável pelo armazenamento e produção do sêmen. Os homens que se encontram na zona de risco são os acima de 50 anos, obesos ou que tenham algum histórico da doença na família. Pesquisas também apontaram que negros tem maior risco de desenvolverem esse tipo de câncer, por isso devem recorrer aos exames mais cedo, com 45 anos. Homens com propensão genética devem recorrer ao médico já aos 40 anos.
Diagnóstico
O diagnóstico antecipado é a melhor maneira evitar futuras complicações. Ele deve ser feito periodicamente a partir dos 50 anos de idade através de um exame físico (o toque retal) e exame de sangue SPA. O médico responsável pela saúde masculina é do ramo da Andrologia, e o médico a ser procuro é um urologista. Muitas pessoas cometem o equívoco de procurar um proctologista, médico que trata doenças do ânus e reto.
Tabu
O medo que muitos homens sentem quanto ao exame físico tem sido o principal motivo de campanhas governamentais sobre o assunto. Um exame que dura no máximo 15 segundos é indolor e pode salvar sua vida. Pensar na saúde e na importância que você tem para seus familiares e pessoas próximas é um grande estimulo para realizar a prevenção.
Sintomas
Os sintomas do câncer de próstata aparecem, na maioria dos casos, quando o tumor já cresceu e está em estado avançado. Os sintomas mais comuns são:
-Dificuldade/dor para urinar ou ejacular.
-Dor na região dos testículos.
-Sensação de bexiga sempre cheia, mesmo tendo urinado. Urinar várias vezes à noite e em pequenas quantidades (pingado).
-Sangue na urina ou no sêmen.
-Impotência e disfunção sexual.
- Dor nos quadris, na lombar e parte interna das coxas.
Tratamento
O tratamento depende do estágio de crescimento do tumor, do tamanho e tempo de existência, além de possíveis efeitos que podem estar causando ao paciente. Características da pessoa como idade e doenças pré-existentes também afetam na escolha do tratamento adequado. Remoção cirúrgica da glândula (próstata), hormonoterapia, radioterapia, remédios e observações são métodos de tratamento utilizados.
A prevenção é fundamental no combate a esta doença que atingiu cerca de 60.180 brasileiros em 2012, segundo dados do INCA. Consultar o urologista e realizar o exame físico é essencial para a manutenção da saúde. Além disso, praticar atividades físicas e ter uma alimentação saudável diminui as chances de desenvolver a doença.
Ainda tem dúvidas sobre o assunto? Ligue para (48) 3365-2436 e converse com um especialista!
Leia também:
https://www.youtube.com/watch?v=ByX_uu584cU
Tetragrammaton - O Impronunciável Nome de Deus
Atlântida, também conhecida com o nome de Quarta Raça Mãe, era, segundo dizem os Livros Sagrados, governada por Reis. Estes Reis eram em número de Sete. , o Paraíso Perdido, Paraíso Terreal, a Terra Santa, a Terra Ideal, onde não há chuvas, não cai neve, granizo, onde não se morre... e onde havia a Eterna Primavera, quando desfrutava seu apogeu, quando vivia em perfeito equilíbrio, quando as Castas viviam em equilíbrio e se compreendiam.Consoante a “Ciência das Idades”, era dividida em 7 Cantões e mais um “Oitavo”, representado, simultaneamente, o Eterno... ou o Supremo Arquiteto do Universo (o Deus Supremo). Os habitantes eram distribuídos pelos Dwipas (Continentes, Cantões) de acordo com o grau evolucional.Possuía uma forma de Governo “TETRÁRQUICO”, Não se pode deixar esquecida a Cruz Gamada, que teve a sua origem na Atlântida, posto que ELA representa o quaternário em movimento, embora o nazismo tivesse promovido uma confusão no seu sentido real e nobre. Os que ignoram a História tradicional, confundem a Suástica com a Sovástica. Esta é o aspecto negativo daquela. Uma é o inverso da outra. A Sovástica é o aspecto negativo da Suástica, mas ambas formam a polaridade da Vida.A sua tradição mística está, hoje, testemunhada nas expressões: TETRAGRAMATOM (Grego); Iod, Hévau, Hé (Hebreu); Adi Buda Vaham Buda (Budismo); a Tetraktis (Pitagórica).Pois bem, o grande Pitágoras – apesar de não ser atlante de nascimento – fez alusão Àquele Continente arquetipal de nosso Mundo e homenageou Àquele Quaternário com sua prodigiosa TETRAKTIS.
O Símbolo através da História
A humanidade sempre teve ao seu redor um mundo de forças e energias ocultas que muitas vezes não conseguia compreender nem identificar. Assim sendo, buscou ao longo dos tempos, proteção a esses perigos ou riscos que faziam parte de seu medo ao desconhecido, surgindo aos poucos muitos objetos, imagens e amuletos, criando-se símbolos nas tradições de cada povo.
O pentagrama está entre os principais e mais conhecidos símbolos, pois possui diversas representações e significados, evoluindo ao longo da história. Passou de um símbolo cristão para a atual referência onipresente entre os neopagãos com vasta profundidade mágica.
Origens e difusões
Num dos mais antigos significados do pentagrama, os Hebreus designavam como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.
O pentagrama também é encontrado na cultura chinesa representando o ciclo da destruição, que é a base filosófica de sua medicina tradicional. Neste caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento específico: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado por outro, (a Madeira é gerada pela Terra), o que dará origem a um ciclo de geração ou criação. Para que exista equilíbrio é necessário um elemento inibidor, que neste caso é o oposto (a Água inibe o Fogo).
A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas por Pitágoras e posteriormente por seus seguidores, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como A Proporção Divina, que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos. Era um símbolo divino para os druidas. Para os celtas, representava a deusa Morrighan (deusa ligada ao Amor e a Guerra). Para os egípcios, era o útero da Terra, mantendo uma relação simbólica com as pirâmides.
Os primeiros cristãos tinham o pentagrama como um símbolo das cinco chagas de Cristo. Desse modo, visto como uma representação do misticismo religioso e do trabalho do Criador. Também era usado como símbolo da comemoração anual da visita dos três Reis Magos ao menino Jesus. Ainda, em tempos medievais era usado como amuleto de proteção contra demônios.
Os Templários, uma ordem de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem; além de grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da Ordem dos Templários, ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro. Ainda é possível perceber, a profunda influência do símbolo, em algumas Igrejas Templárias em Portugal, que possuem vitrais na forma de Pentagramas. No entanto, Os Templários foram dizimados pela mesquinhez da Igreja e pelo fanatismo religioso de Luis IX, em 1303. Iniciou-se assim a Idade das Trevas, onde se queimavam, torturavam e excomungavam qualquer um que se opusesse a Igreja. Durante esse longo tempo de Inquisição, a igreja mergulhou no próprio diabolismo ao qual se opunha. Nessa época o pentagrama simbolizou a cabeça de um bode ou do diabo, na forma de Baphomet, o mesmo que a Igreja acusou os Templários de adorar. Assim sendo, o pentagrama passou de um símbolo de segurança à representação do mal, sendo chamado de Pé da Bruxa. Assim, a perseguição da Igreja fez as religiões antigas se ocultarem na clandestinidade.
Ao fim da era das Trevas, as sociedades secretas começam novamente a realizar seus estudos sem o medo paranóico das punições da Igreja. Ressurge o Hermetismo, e outras ciências misturando filosofia e alquimia. Floresce então, o simbolismo gráfico e geométrico, emergindo a Renascença numa era de luz e desenvolvimento. O pentagrama agora, significa o Microcosmo, símbolo do Homem de Pitágoras representado através de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz (O Homem Individual). A mesma representação simboliza também o Macrocosmo, o Homem Universal, um símbolo de ordem e perfeição, a Verdade Divina. Agrippa (Henry Cornelius Von de Agrippa Nettesheim), mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo.
Posteriormente, o pentagrama também foi associado aos quatro elementos essenciais (terra, água, ar e fogo) mais o quinto, que simboliza o espírito (A Quinta Essência dos alquimistas e agnósticos)
Na Maçonaria, o Laço Infinito (como também era conhecido o pentagrama, por ser traçado com uma mesma linha) era o emblema da virtude e do dever. O homem microcósmico era associado ao Pentalpha (a estrela de cinco pontas), sendo o símbolo entrelaçado ao trono do mestre da Loja.
Com Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant), o pentagrama pela primeira vez, através de uma ilustração, foi associado ao conceito do bem e do mal. Ele ilustra o pentagrama microcósmico ao lado de um pentagrama invertido (formando a cabeça do bode, Baphomet).
O pentagrama voltou a ser usado em rituais pagãos à partir de 1940 com Gerald Gardner. Sendo utilizado nos rituais simbolizando os três aspectos da deusa e os dois do deus, surgindo assim a nova religião Wicca. Desse modo, o pentagrama retoma sua força como poderoso talismã, ajudado pelo aumento do interesse popular pela bruxaria e Wicca, que à partir de 1960, torna-se cada vez mais disseminada e conhecida. Essa ascensão da Wicca, gera uma reação da Igreja da época, chegando ao extremo quando Anton LaVey adota o pentagrama invertido (em alusão a Baphomet de Levi), como emblema da sua Igreja de Satanás, e faz com que a Igreja Católica considere que o pentagrama (invertido ou não) seja sinônimo de símbolo do Diabo, difundindo esse conceito para os cristãos. Assim naquela época, os Wiccanos para se protegerem dos grupos religiosos radicais, chegaram a se opor ao uso do pentagrama.
Até hoje o pentagrama é um símbolo que indica ocultismo, proteção e perfeição. Independente do que tenha sido associado em seu passado, ele se configura como um dos principais e mais utilizados símbolos mágicos da cultura Universal.
Apesar de ter sido difundida pelo cristianismo como símbolo do sofrimento de Cristo à crucificação, a figura da cruz constitui um ícone de caráter universal e de significados diversificados, amparados por suas inúmeras variações.
É possível detectar a presença da cruz, seja de forma religiosa, mística ou esotérica, na história de povos distintos (e distantes) como os egípcios, celtas, persas, romanos, fenícios e índios americanos.
Seu modelo básico traz sempre a intersecção de dois eixos opostos, um vertical e outro horizontal, que representam lados diferentes como o Sol e a Lua, o masculino e o feminino e a vida e a morte, por exemplo.
É a união dessas forças antagônicas que exprime um dos principais significado da cruz, que é o do choque de universos diferentes e seu crescimento a partir de então, traduzindo-a como um símbolo de expansão.
De acordo com o estudioso Juan Eduardo Cirlot, ao situar-se no centro místico do cosmos, a cruz assume o papel de ponte através da qual a alma pode chegar a Deus. Dessa maneira, ela liga o mundo celestial ao terreno através da experiência da crucificação, onde as vivencias opostas encontram um ponto de intersecção e atingem a iluminação.
Cruz simples: Em sua forma básica a cruz é o símbolo perfeito da união dos opostos, mantendo seus quatro "braços" com proporções iguais. Alguns estudiosos denominam esta como Cruz Grega.
Cruz de Santo André: Símbolo da humildade e do sofrimento, recebe esse nome por causa de Santo André, que implorou a seus algozes para não ser crucificado como seu Senhor por considerar-se indigno. Acredita-se que o santo foi martirizado em uma cruz com essa forma.
Cruz de Santo Antonio (Tau): Recebeu esse nome por reproduzir a letra grega Tau. É considerada por muitos, como a cruz da profecia e do Antigo Testamento. Dentre suas muitas representações estão o martelo de duas cabeças, como sinal daquele que faz cumprir a lei divina, encontrado na cultura egípcia, e a representação da haste utilizada por Moisés para levantar a serpente no deserto.
Cruz Cristã: Definitivamente o mais conhecido símbolo cristão, que também recebe o nome de Cruz Latina. Os romanos a utilizavam para executar criminosos. Por conta disso, ela nos remete ao sacrifício que Jesus Cristo ofereceu pelos pecados das pessoas. Além da crucificação, ela representa a ressurreição e a vida eterna.
Cruz de Anu: Utilizada tanto por assírios como caldeus para representar seu deus Anu, esse símbolo sugere a irradiação da divindade em todas as direções do espaço.
Cruz Ansata: Um dos mais importantes símbolos da cultura egípcia. A Cruz Ansata consistia em um hieróglifo representando a regeneração e a vida eterna. A idéia expressa em sua simbologia é a do círculo da vida sobre a superfície da matéria inerte. Existe também a interpretação que faz uma analogia de seu formato ao homem, onde o círculo representa sua cabeça, o eixo horizontal os braços e o vertical o resto do corpo.
Cruz Gamada (Suástica): A suástica representa a energia do cosmo em movimento, o que lhe confere dois sentidos distintos: o destrógiro, onde seus "braços" movem-se para a direita e representam o movimento evolutivo do universo, e o sinistrógiro, onde ao mover-se para a esquerda nos remete a uma dinâmica involutiva. No século passado, essa cruz adquiriu má reputação ao ser associada ao movimento político-ideológico do nazismo.
Cruz Patriarcal: Também conhecida como Cruz de Lorena e Cruz de Caravaca possui um "braço" menor que representa a inscrição colocada pelos romanos na cruz de Jesus. Foi muito utilizada por bispos e príncipes da igreja cristã antiga e por jesuítas nas missões no sul do Brasil.
Cruz de Jerusalém: Formada por um conjunto de cruzes, possui uma cruz principal ao centro, representando a lei do Antigo Testamento, e quatro menores dispostas em cantos distintos, representando o cumprimento desta lei no evangelho de Cristo. Tal cruz foi adotada pelos cruzados graças a Godofredo de Bulhão, primeiro rei cristão a pisar em Jerusalém, representando a expansão do evangelho pelos quatro cantos da terra.
Cruz da Páscoa: Chamada por alguns de Cruz Eslava, possui um "braço" superior representando a inscrição INRI, colocada durante a crucificação de Cristo, e outro inferior e inclinado, que traz um significado dúbio, dos quais se destaca a crença de que um terremoto ocorrido durante a crucificação causou sua inclinação.
Cruz do Calvário: Firmada sobre três degraus que representam a subida de Jesus ao calvário, essa cruz exalta a fé, a esperança e o amor em sua simbologia.
Cruz Rosa-Cruz: Os membros da Rosa Cruz costumam explicar seu significado interpretando-a como o corpo de um homem, que com os braços abertos saúda o Sol e com a rosa em seu peito permite que a luz ajude seu espírito a desenvolver-se e florescer. Quando colocada no centro da cruz a rosa representa um ponto de unidade.
Cruz de Malta: Emblema dos Cavaleiros de São João, que foram levados pelos turcos para a ilha de Malta. A força de seu significado vem de suas oito pontas, que expressam as forças centrípetas do espírito e a regeneração. Até hoje a Cruz de Malta é muito utilizada em condecorações militares.
O Tetragrama
Para que compreendamos o que significa o Tetragrammaton é necessário, antes de tudo, definir acrônimo. A palavra acrônimo tem origem no grego (akron = extremidade + onymo = nome) e significa o conjunto de letras, pronunciado como uma palavra, formado a partir das letras iniciais (ou de sílabas) de palavras sucessivas que constituem uma denominação. Por exemplo, a sigla NASA (National Aeronautics and Space Administration) é um acrônimo.
Dessa forma, a palavra Tetragrama tem origem no grego (tetra = quatro + gramma = letra) e significa a expressão escrita, constituída de quatro letras ou sinais gráficos, destinada a representar uma palavra, acrônimo, abreviatura, sigla ou a pauta musical de quatro linhas do canto-chão.
Acredita-se que o Tetragrama hebraico designa o nome pessoal do "Deus de Israel", como foi originalmente escrito e encontrado na Torah, o primeiro livro do Pentateuco. Este tetragrama varia como YHWH, JHVH, JHWH e YHVH. Em algumas obras, especialmente no Antigo Testamento escrito em sua maioria em hebraico com partes em aramaico, o Tetragrama surge mais de 6 mil vezes (de forma isolada ou em conjunção com outro nome divino).
O impronunciável nome de Deus
A tradição esotérica dos judeus, a cabala, considera o nome de Deus sagrado e impronunciável. Possivelmente, a origem deste conceito está no terceiro Mandamento: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão". (Êxodo - Capítulo XX - Versículo VII). Assim, um grupo de sábios judeus, conhecidos como Massoretas, incorporou "acentos" que funcionavam como vogais e viabilizavam a pronúncia do tetragrama, resultando na palavra Adonai (Senhor), que passou a ser utilizada para pronunciá-lo. Os nomes Jeová, Iehovah, Javé, Iavé, ou ainda Yahweh, são adaptações para a língua portuguesa da palavra Adonai, e não do tetragrama original.
Porém, há ainda uma crença entre os judeus do início do período cristão, que a própria palavra Torah seria parte do nome divino. Há outra relação interessante encontrada nos nomes originais de Adão e Eva, Yod e Chawah, respectivamente. Uma combinação entre estes dois nomes resulta numa das variações do tetragrama, YHWH, fato que sugere uma relação entre Criador e criatura. Com o decorrer do tempo, foram adotados outros termos para se referir ao Tetragrama: "O Nome", "O Bendito" ou "O Céu".
O místico cristão, Jacob Boehme, utilizando-se de uma cabala gráfica (conhecida como Árvore da Vida), encontrou os 72 Nomes de Deus (publicado em 1652, no livro Oedipus Aegypticus). Sendo que todos são formados por apenas quatro letras, o que caracteriza mais uma vez o tetragrama. Seguindo este raciocínio, encontramos também Tupã (divindade dos índios brasileiros), Yang (em chinês, possui vários significados, entre eles, Deus do bem), Bara (o equivalente à Deus na seita islâmica Beahismo) e Xiva (divindade Hindu).
Tetragrammaton: Símbolo e Amuleto
Se considerarmos que as letras de um alfabeto nada mais são que sinais gráficos, o Tetragrama, em sua representação gráfica, conhecido como Tetragrammaton, é uma complexa combinação de letras do alfabeto hebraico, grego e latino, associados a diversos símbolos conhecidos no ocultismo. Nele encontra-se o pentagrama entrelaçado, símbolos zodiacais, algarismos e formas geométricas, entre outras representações.
No ocultismo, incluindo suas diversas ramificações, o Tetragrammaton desempenha uma função muito importante, sendo usado em rituais e invocações e na forma de talismãs. Os ocultistas interpretam o Tetragrammaton e outros símbolos cabalísticos nele contidos, como poderosos signos mágicos, capazes de potencializarem rituais abrindo as portas da consciência humana.
Acompanhe a descrição de alguns elementos do Tetragrammaton:
Pentagrama
O pentagrama assume diversos significados de acordo com o contexto em que é encontrado. Neste caso, é a base do Tetragrammaton. Assim, podemos interpretá-lo como símbolo do "Homem Realizado". Isto é, uma representação da entidade humana evoluída em todos os estágios espirituais.
Os olhos do Pai - Júpiter
No ângulo superior do Pentagrama, encontramos "Os olhos do Pai" e a representação do planeta Júpiter. Uma alusão aos olhos do Criador, o espírito, o poder que coordena tudo e todos.
Marte
Nos "braços" do Tetragrammaton encontra-se o símbolo astrológico e zodiacal do planeta Marte, representando a Força, ou a Energia pura da criação.
Saturno
Nos ângulos inferiores está a representação astrológica e zodiacal do planeta Saturno. É um dos principais símbolos usados na Magia, representando os mestres que anularam o próprio ego e as falhas inerentes ao ser humano, atingindo assim, a perfeição.
Sol e Lua
Posicionados nas linhas verticais do Pentagrama, próximos ao centro da figura, o Sol e a Lua fazem referência aos pólos femininos e masculinos da criação, contidos em todos os organismos, incluindo o Microcosmos e o Macrocosmos.
Mercúrio e Vênus
Estes símbolos são amplamente encontrados na literatura alquímica e são representações astrológicas e zodiacais destes planetas. Localizados sobrepostos no centro da figura, referem-se à união dos pólos de onde surgirá o Caduceu de Mercúrio.
Caduceu de Mercúrio
O Caduceu de Mercúrio é o símbolo alquímico da transmutação. Associado aos símbolos superiores de Mercúrio e Vênus, refere-se à criatura, ou seja, o resultado da união entre os pólos feminino e masculino, entre as forças lunares e solares, e o ponto de equilíbrio entre eles. Por estar localizado no centro da figura, também pode ser interpretado como a "coluna vertebral", ou, Kundalini, responsável pela união da energia sexual entre as polaridades.
Jehova
Esta inscrição hebraica é um tetragrama pronunciado Jehova (lê-se da direita para a esquerda), sendo mais uma das várias alusões ao "Nome de Deus".
Alfa e Omega
Alfa e Omega são, respectivamente, a primeira e última letra do alfabeto grego. Esta é uma referência ao princípio e fim de todas as coisas. Alfa está abaixo dos "Olhos do Pai". Omega encontra-se invertido, na base do Caduceu de Mercúrio. Isto pode significar o caldeirão utilizado pelos alquimistas, ou ainda, o caldeirão (útero) da Deusa, para alguns ocultistas.
Binário
Localizados fora do pentagrama, os números 1 e 2 são referências à bipolaridade; isto é, uma representação de que todas as coisas possuem dois lados. Seguindo este conceito, podemos também compreendê-los como outra manifestação dos pólos masculino e feminino, início e fim, bem e mal, entre outros.
Logos
Logos é uma palavra grega que significa razão, mas também é interpretada como "fonte de idéias" e "verbo divino". Associado ao Tetragrammaton, os números 1, 2 e 3 representam respectiva-mente o Pai, a Mãe e o Filho. Também pode ser interpretado como a Tríade do Cristianismo (Pai, Filho e Espírito Santo) ou como o triângulo, amplamente encontrado nas tradições esotéricas.
Cálice
O cálice significa o pólo feminino da criação. Na alquimia é utilizado para representar o elemento Água.
Espada Flamejante
A "espada de fogo", dentro do contexto alquímico, representa o próprio elemento fogo. Porém, associado ao Tetragrammaton, assume o papel do pólo masculino e do pênis, símbolo de fertilidade entre as antigas tradições.
Báculo
Báculo é o bastão comumente usado por Magos. Está dividido em sete escalas representando os estágios de evolução. Na alquimia está relacionado ao elemento Terra.
Hexágono do Mago
O hexágono do Mago representa o domínio do espírito sobre a matéria. Na alquimia está relacionado ao elemento Ar.
Não é possível definir apenas uma relação entre os vários símbolos que compõem o Tetragrammaton e tampouco uma finalidade específica desse conjunto. Seus sinais transitam entre correntes tão distantes que a interpretação, em certos casos, chega a ser paradoxal.
Se observarmos estas combinações simbólicas através do ângulo alquímico, teremos um determinado resultado. Porém, se analisado através dos conceitos astrológicos, por exemplo, a conclusão poderá ser totalmente distinta. Assim, a atenção e perspicácia do observador tornam-se fundamentais para decifrar o Tetragrammaton, um dos mais antigos e poderosos símbolos da espiritualidade humana.
Água com estômago vazio - Leia!
Quanto mais se sabe, maior chance de sobrevivência...
Um cardiologista diz que se todos que receberem esta mensagem, a enviarem a pelo menos uma das pessoas que conhecem, pode ter a certeza de que, pelo menos, poderá salvar uma vida.
Beba água com estômago vazio.Hoje é muito popular, no Japão, beber água imediatamente ao acordar. Além disso, a evidência científica tem demonstrado estes valores. Abaixo divulgamos uma descrição da utilização da água para os nossos leitores.Para doenças antigas e modernas, este tratamento com água tem sido muito bem sucedido....Para a sociedade médica japonesa, uma cura de até 100% para as seguintes doenças:Dores de cabeça, dores no corpo, problemas cardíacos, artrite, taquicardia, epilepsia, excesso de gordura, bronquite, asma, tuberculose, meningite, problemas do aparelho urinário e doenças renais, vômitos, gastrite, diarreia, diabetes, hemorroidas, todas as doenças oculares, obstipação, útero, câncer e distúrbios menstruais, doenças de ouvido, nariz e garganta.Método de tratamento:
1. De manhã e antes de escovar os dentes, beber 2 copos de água.2. Escovar os dentes, mas não comer ou beber nada durante 15 minutos.3. Após 15 minutos, você pode comer e beber normalmente.4. Depois do lanche, almoço e jantar não se deve comer ou beber nada durante 2 horas.5. Pessoas idosas ou doentes que não podem beber 2 copos de água, no início podem começar por tomar um copo de água e aumentar gradualmente.6. O método de tratamento cura os doentes e permite aos outros desfrutar de uma vida mais saudável.A lista que se segue apresenta o número de dias de tratamento que requer a cura das principais doenças:
1. Pressão Alta - 30 dias2. Gastrite - 10 dias3. Diabetes - 30 dias4. Obstipação - 10 dias5. Câncer - 180 dias6. Tuberculose - 90 dias7. Os doentes com artrite devem continuar o tratamento por apenas 3 dias na primeira semana e, desde a segunda semana, diariamente.Este método de tratamento não tem efeitos secundários. No entanto, no início do tratamento terá de urinar frequentemente.É melhor continuarmos o tratamento mesmo depois da cura, porque este procedimento funciona como uma rotina nas nossas vidas. Beber água é saudável e dá energia.Isto faz sentido: o chinês e o japonês bebem líquido quente com as refeições, e não água fria.Talvez tenha chegado o momento de mudar seus hábitos de água fria para água quente, enquanto se come. Nada a perder, tudo a ganhar!Para quem gosta de beber água fria.Beber um copo de água fria ou uma bebida fria após a refeição solidifica o alimento gorduroso que você acabou de comer. Isso retarda a digestão.Uma vez que essa 'mistura' reage com o ácido digestivo, ela reparte-se e é absorvida mais rapidamente do que o alimento sólido para o trato gastrointestinal. Isto retarda a digestão, fazendo acumular gordura em nosso organismo e danifica o intestino.É melhor tomar água morna, ou se tiver dificuldade, pelo menos água natural.Nota muito grave - perigoso para o coração:As mulheres devem saber que nem todos os sintomas de ataques cardíacos vão ser uma dor no braço esquerdo.Esteja atento para uma intensa dor na linha da mandíbula. Você pode nunca ter primeiro uma dor no peito durante um ataque cardíaco.Náuseas e suores intensos são sintomas muito comuns.60% das pessoas têm ataques cardíacos enquanto dormem e não conseguem despertar. Uma dor no maxilar pode despertar de um sono profundo...Sejamos cuidadosos e vigilantes.Quanto mais se sabe, maior chance de sobrevivência...Um cardiologista diz que se todos que receberem esta mensagem, a enviarem a pelo menos uma das pessoas que conhecem, pode ter a certeza de que, pelo menos, poderá salvar uma vida.
Massagem testicular: conheça os benefícios e saiba como fazê-la
Os testículos são as glândulas sexuais masculinas, também chamadas ‘gônadas’. Desempenham um papel semelhante ao dos ovários no organismo feminino.
Os testículos têm duas funções essenciais: a primeira diz respeito à produção de testosterona, o mais importante hormônio sexual do organismo do homem. A segunda concerne à produção dos espermatozoides, que só ocorre se houver testosterona o bastante na circulação sanguínea, especialmente onde os eles são produzidos. Em suma, a fertilidade do homem depende diretamente da função dos testículos e da testosterona.
Não há dúvida de que os testículos são órgãos importantes para a saúde masculina, e que mantê-los saudáveis é fundamental para uma vida sexual ativa, tanto em relação à ereção, ao desejo, à ejaculação quanto para a fertilidade. Justamente por isso eles merecem um cuidado todo especial.
A prática de massagem nos testículos é um ótimo recurso, pois amplia a circulação do sangue, que é basicamente o que assegura o bom funcionamento dos órgãos, e também potencializa a produção de testosterona, de esperma e dos fluidos seminais. A consequência é nitidamente um aumento da energia sexual.
Como fazer a massagem testicular
Você pode dar início ao processo em seguida de um banho ou utilizando compressas de água quente por mais ou menos cinco minutos. Isso deixa a pele mais macia e melhor para a manipulação, e também dilata os vasos sanguíneos.
Na sequência, aplique um lubrificante à base de água nas mãos e comece a massagear a área em volta suavemente, mas não os testículos diretamente. Use o seu polegar e os demais dedos. Segure os testículos pela base e puxe-os para baixo enquanto desenvolve a massagem. Mantenha este movimento por cerca de três minutos.
Na sequência, pressione levemente os seus testículos, sempre mantendo os movimentos da massagem. Continue com este processo por alguns minutos. Faça o possível para que este exercício se torne rotina, de modo que você o execute todos os dias por pelo menos 10 minutos.
Outra boa forma de alongar os seus testículos e ativar a circulação sanguínea é agarrá-los com o polegar e o indicador, espremendo-os até que os mesmos estejam bem próximos. Com a outra mão, faça movimentos circulares de massagem, com leve pressão.
Após a massagem, os testículos estarão visivelmente bem alongados, pendentes, aparentando um tamanho maior. Não se assuste: é esse o objetivo da massagem. O que houve foi um aumento da circulação da área, justamente em função dos exercícios. Lembre-se de praticar ao menos três vezes por semana.
Você está cuidando da sua saúde? Não esqueça de fazer sua pré avaliação online!
Leia também:
http://www.bubblews.com/news/5438926-contadora-de-doleiro-do-pt-quotdeuquot-todo-mundo
Retângulo de ouro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em geometria, o retângulo de ouro surge do processo de divisão em média e extrema razão, de Euclides. Ele é assim chamado porque ao dividir-se a base desse retângulo pela sua altura, obtêm-se o número de ouro 1,618.1
Índice
[esconder]Construção geométrica[editar | editar código-fonte]
- Parta de um quadrado de vértices ABCD,
- Centre o compasso em M, que é o ponto médio do segmento AD,
- Com abertura MC trace um arco de circunferência,
- A interseção do arco com o prolongamento de AD, determina o pontoE,
- O retângulo de vértices ABFE é um retângulo de ouro,
- O retângulo interno de vértices CDEF também é um retângulo de ouro (proporcional),
- O processo pode ser repetido indefinidamente para mais ou para menos.
Aplicação nas artes[editar | editar código-fonte]
O retângulo de ouro é uma figura geométrica muito presente nas artes.3A psicologia dapercepçãodemonstra que o retângulo de ouro parece agradável à vista, ao ser confrontado com outros formatos aleatórios.
Arquitetos e artistas da Grécia Antiga acreditavam que a razão de ouro potencializava o valor estético dos monumentos e das esculturas. O Parténonilustra o uso arquitetônico do retângulo de ouro.4
Na arquitetura moderna, exemplos de edifícios projetados por Le Corbusier5 , ou a sede das Nações Unidas contêm o retângulo de ouro em suas fachadas.
Triângulo de ouro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um triângulo diz-se triângulo de ouro quando é um triângulo isósceles no qual a divisão do comprimento de um dos lados iguais pelo da base é o número de ouro. Osângulos de um triângulo de ouro medem 36°, 72° e 72°.
Também conhecido como "triângulo áureo", diz-se de um triângulo áureo, ou de um retângulo áureo que: o quociente do lado maior, pelo menor, resulta no número áureo, representado pela letra grega (Phi), e equivalente a . Assim, traçando-se uma bissetriz num de seus dois ângulos de 72°, surge um novo triângulo, semelhante ao maior, e repetindo a operação, isso acontece infinitas vezes, assim como o retângulo áureo.
Uma pessoa com proporções perfeitas [?!] tem várias de suas medidas, divididas por outras, iguais a Phi. Por exemplo, uma pessoa com proporções perfeitas tem a medida da face dividida pela medida da parte mais alta do nariz, até o queixo, igual a Phi. Ou a altura total, dividida pela altura da pessoa até o umbigo, também igual a Phi.
O Decálogo de Lênin
Existe uma discussão na internet entre opositores e defensores de socialismo e capitalismo, que é a seguinte: Seria autêntico ou apócrifo o "Decálogo de Lênin", que circula por aí através de blogs e e-mails? Eu não tenho certeza mas, sinceramente, acredito que seja falso ou, no mínimo, uma forçação de barra.
Sei que socialistas e comunistas são um tanto pervertidos quanto a questões políticas, econômicas e sociais mas, de fato, escrever aquelas dez premissas de forma escancarada foge a sua maneira dissimulada de agir.
Não obstante, quão verdadeiros eles se nos mostram! Quão atuais! O decálogo pode não ter sido escrito por Lênin em lugar algum. Ou seja, pode ser que estas palavras de ordem não tenham sido impressas em nenhuma obra publicada mas, pior, muito pior que isso, elas foram impressas de forma indelével, através das ideologias, na mente insana dos esquerdistas que hoje as aplicam de forma escancarada.
Antes de mais nada, reproduzo aqui o citado decálogo tal qual encontrado na internet:
1- Corrompa a juventude, dê-lhe a liberdade sexual;
2- Infiltre e controle depois todos os meios de comunicação;
3- Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4- Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5- Fale sempre em democracia e Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o poder sem qualquer escrúpulo;
6- Colabore com o esbanjamento do dinheiro público, coloque em descrédito a imagem do país, especialmente no exterior, provoque o pânico e o desassossego na população por meio de inflação;
7- Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrrias vitais do país;
8- Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9- Colabore para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes;
10- Procure catalogar todos aqueles que têm armas de fogo, para que sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência.
Bem se vê que a aplicação destes preceitos se faz de forma clamorosamente eficaz no Brasil. E não é de hoje não. Faz muito tempo, isso. Os que ocupam, hoje, a presidência deste país participaram do enfrentamento à ordem e às instituições através da luta armada. Outros, que já ocuparam, foram mais prudentes, ou quem sabe covardes, e ficaram no plano da infiltração intelectual, produzindo textos e espalhando ideologias.
Vamos falar rapidamente de cada tópico com o fim de contextualizá-los:
1- Há quanto tempo as irresponsáveis e depravadas liberdades sexuais vêm sendo embandeiradas por grupos sociais e políticos? Tomemos como exemplo as posturas de deputados como o senhor Luiz Mott. Ou mais: A tentativa vergonhosa de nos enfiarem goela abaixo o tal kit anti-homofobia. Ou ainda: A praticamente proibição da palavra "homossexualismo", substituída pelo impróprio termo "homoafetividade", com a óbvia intenção de eufemisticamente, tornar mais palatável, a idéia, aos nossos filhos e filhas. Sim, porque é a mentalidade deles que esse governo quer deformar, com tais baixarias travestidas de ações políticas.
2- Os canais de rádio e TV são todos de propriedade do Governo Federal e concedidos aos empresários pelo próprio poder Executivo: existe maneira mais sutil e eficaz de se manter sob controle do governo as propagandas e a consciência de um povo? Alguém já ouviu, através da grande mídia, qualquer referência ao Foro de São Paulo? À sociedade do PT com as Farc ou outros tantos escândalos?
3- Ainda existem pessoas, hoje em dia, que acreditam que o PT e o PSDB são partidos opositores. Não são opositores. São partidos de esquerda. Ambos. Nasceram do mesmo útero e muitos dos fundadores do segundo, por pouco não tomaram parte na fundação do primeiro. Foi o caso de FHC, por exemplo. Portanto, eles não discutem ou debatem idéias. Não disputam pela defesa de crenças políticas, econômicas ou sociais. Disputam apenas o poder. E esse revezamento passa ao brasileiro comum, a imagem de democracia. De mudanças de poder. E digo mais: uma vez nas mãos desses partidos, dificilmente retornará, o poder, à esfera democrática plena. Até porque não existe mais oposição no Brasil, haja vista o ostracismo de partidos como o DEM, antigo PFL, o PSL, o fim do PL ao se unir ao PRONA numa nova sigla: o PR, entre outros. A esquerda, dona do poder, através dessas duas frentes, dissemina discussões e discórdias improfícuas na sociedade, com o fim único de jogar um povo contra si mesmo. Alguém se lembra dos protestos burros dos animais "peessedebistas" de São Paulo contra os eleitores de Dilma, supotamente nordestinos?
4- Os verdadeiros líderes deixaram de existir há muito tempo, o que prova a eficácia dos presentes preceitos.
5- Bom, escrúpulos e esquerda, socialismo ou comunismo são palavras que não cabem na mesma frase. Tentaram tomar o poder pela luta armada, roubaram, sequestraram, praticaram terrorismo, (isso pra se falar só em Brasil) e falharam. Entretanto, vestidos de pele de cordeiro assumiram de vez o poder e com ele se esbaldam em esquemas corruptos e indecentes, fazendo pensar, ainda, a população comum, que o legal e o político são coisas completamente independentes entre si. Uma não tem nada a ver com a outra. Duvida? leia essa declaração de Antonio Palocci ao ser retirado do cargo de ministro chefe da casa civil, tentando justificar os motivos das escabrosas suspeitas que pesavam sobre si: “O mundo jurídico não trabalha no mesmo diapasão do mundo político”. Ou seja: política não precisa se ater às leis. Assim, escrachado.
6- Alguém se lembra do aumento das taxas de desemprego, do aumento da dívida pública e da vulnerabilidade econômica nacional quando da teimosa manutenção da paridade cambial entre Dólar e Real pela equipe econômica do governo FHC, como qualquer outro, um esquerdista?
7- Alguém se lembra das orígens de Lula e do PT através das bases sindicais? Não estou, é lógico, criticando o direito a greves. Critico, antes, a disseminação ideológica pró socialismo, esse regime historicamente assassino, através de movimentos de trabalhadores, evidentemente, uma classe de massa menos esclarecida e, portanto, vulnerável a ideologias messianicas.
8- PCC, MST, CV, PT, etc. Há evidências gritantes da relação dessas organizações e mais outras como o MIR, (Movimiento de la Izquierda Revolucionária do Chile) de onde vieram os sequestradores do empresário Abílio Diniz, com o Partido dos Trabalhadores. Precisa falar mais alguma coisa?
9- Esquerda e valores morais? Ou legais? Ou qualquer tipo de valor que seja baseado em princípios honestos e sinceros? Basta nos lembrarmos que a presidente Dilma é a favor do aborto. Participou de assaltos, sequestros e atos terroristas. Basta nos lembrarmos da gigantesca matança e confisco de propriedades dos países onde se instalou o regime socialista. Senhores, crime é crime. Morte é morte. Ideologia nenhuma torna um crime aceitável. Nada torna uma morte menos trágica para a vítima e seus familiares. Nada.
10- Vocês se lembram que há pouco tempo houve uma campanha de desarmamento? Houve um referendo popular e tudo, onde o povo decidiu manter seu direito a possuir uma arma. Pois depois da matança na escola em Realengo, cometida por um sociopata desequilibrado, os retardados vieram mais uma vez falar em proibir de vez a venda de armas legais no Brasil. Ou seja: esse negócio de democracia é conversa pra boi dormir. A soberania nacional pertence é aos três poderes e não ao povo brasileiro. E mais: eles ainda acham que o vagabundo que queira matar o mundo inteiro vá nas lojas comprar uma arma registrada! Em vez de proibir a venda de armas legais a cidadãos de bem, o governo tem a obrigação é de proteger nossas fronteiras contra a entrada de drogas e armas contrabandeadas. Mas não. Mais uma vez a culpa é do cidadão.
Quero, com este post, deixar bem clara a minha total recusa em aceitar como séria a política brasileira. Quero deixar clara a minha repulsa à desintegração social e moral do ser humano. Não quero, com isso, que pensem que eu tenha um raciocínio liberal e direitista. Nunca. Ambos, direita e esquerda, são venenos sociais. São formas de exploração de uma sociedade.
Foi-me sempre difícil engolir essa história de que o Estado é uma personalidade. De que acima dos atores políticos paira a personificação do interesse coletivo. Não, não existe o coletivo, a gente já é bem grandinho pra acreditar nessas coisas.
Ainda assim, custava-me acreditar em quaisquer teorias que lançassem dúvidas sobre a história escrita e consagrada. A história dos livros, segundo a qual todas as ações humanas, no decorrer dos tempos foram guiadas pelas mais sublimes intenções. Que os acontecimentos políticos tinham o lastro de ideologias e crenças nobres. Que a História era apenas manchada, de quando em quando, por figuras psicóticas como Nero, Hitler, Calígula e por aí a fora.
Quão ingênuo a gente é, em acreditar nisso. Em acreditar na boa vontade humana, quando afeta aos mecanismos do poder. Em questões que envolvam vultosas somas de dinheiro, esquemas de controle econômico, politico, etc., nem a moral, nem a ética e nem a religião são capazes de alcançar e enobrecer as motivações dos homens públicos.
Não, os psicóticos não são excessão. São a tônica dominante. Hitler, com seu antissemitismo não foi pior do que Roosevelt que, sabendo de antemão da iminência do ataque Japonês a Pearl Harbor, tratou de retirar os navios mais novos e caros e trazê-los a portos continentais, deixando sem aviso os soldados e oficiais daquelas bases, para que morressem e justificassem, diante da opinião pública americana, a entrada dos Estados Unidos na guerra. Se o primeiro matou milhões por julgar sua raça superior, o segundo condenou seus próprios irmãos à morte trágica, indigna e desnecessária, por repugnantes questões econômicas.
Não tenho fé no homem. Não tenho fé na humanidade. Não acredito num futuro melhor. Hoje é o futuro de algum dia no passado, quando outros sonharam este mesmo sonho, de um dia, ter orgulho de olhar nos olhos de um filho e dizer: Nós construímos o amanhã.
Postado por Ricardo às 15:07:00
Um comentário:
Neide Rodrigues disse...
Pura verdade.É através de cargos importantes que psicopatas, déspotas se escondem para cometer atrocidades em nome de um povo, de uma naçao e/ ou ideologia.Estamos realmente crescidinhos para acreditar em politico serio que quer representar um povo. O que querem na verdade é apropriar do bem publico e achincalhar cada vez mais o que chamam de democracia. Grande abraço. Neide Rodrigues
21 de julho de 2011 15:40
Postar um comentário
Postagem mais recente Postagem mais antiga Início
Assinar: Postar comentários (Atom)
Páginas
Início
Pesquisar este blog
Quem sou eu
Minha foto
Ricardo
Escrevendo sou um ótimo sujeito, mas vivendo sou um péssimo escritor.
Visualizar meu perfil completo
Arquivo do blog
Seguidores
Blogs que acompanho
LIBERTATUM
BLOG DO MARIO FORTES
Criacionismo
A DIREITA BRASILEIRA EM AÇÃO
Blog Gilberto Theiss - Teologia - Arqueologia - História
Alerta Total
Julio Severo
Humor Darwinista
notalatina
Minuto Profetico
Portal Bíblico
UNIDEFAN - União Internacional de Defesa da Família Natural
Carlos Timm
DESCONSTRUINDO O COMUNISMO!
Conexão Conservadora
Blog do Pim - agora na VEJA!
Realidade em Foco
ANTI FORO DE SÃO PAULO
Iba Mendes
CHESTERTONBRASIL.ORG
Clube da Esquina - Principal
Saúde e Família
Notícias Direitas - Blog de Notícias para Direitistas e Conservadores
Existe uma discussão na internet entre opositores e defensores de socialismo e capitalismo, que é a seguinte: Seria autêntico ou apócrifo o "Decálogo de Lênin", que circula por aí através de blogs e e-mails? Eu não tenho certeza mas, sinceramente, acredito que seja falso ou, no mínimo, uma forçação de barra.
Sei que socialistas e comunistas são um tanto pervertidos quanto a questões políticas, econômicas e sociais mas, de fato, escrever aquelas dez premissas de forma escancarada foge a sua maneira dissimulada de agir.
Não obstante, quão verdadeiros eles se nos mostram! Quão atuais! O decálogo pode não ter sido escrito por Lênin em lugar algum. Ou seja, pode ser que estas palavras de ordem não tenham sido impressas em nenhuma obra publicada mas, pior, muito pior que isso, elas foram impressas de forma indelével, através das ideologias, na mente insana dos esquerdistas que hoje as aplicam de forma escancarada.
Antes de mais nada, reproduzo aqui o citado decálogo tal qual encontrado na internet:
1- Corrompa a juventude, dê-lhe a liberdade sexual;
2- Infiltre e controle depois todos os meios de comunicação;
3- Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4- Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5- Fale sempre em democracia e Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o poder sem qualquer escrúpulo;
6- Colabore com o esbanjamento do dinheiro público, coloque em descrédito a imagem do país, especialmente no exterior, provoque o pânico e o desassossego na população por meio de inflação;
7- Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrrias vitais do país;
8- Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9- Colabore para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes;
10- Procure catalogar todos aqueles que têm armas de fogo, para que sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência.
Bem se vê que a aplicação destes preceitos se faz de forma clamorosamente eficaz no Brasil. E não é de hoje não. Faz muito tempo, isso. Os que ocupam, hoje, a presidência deste país participaram do enfrentamento à ordem e às instituições através da luta armada. Outros, que já ocuparam, foram mais prudentes, ou quem sabe covardes, e ficaram no plano da infiltração intelectual, produzindo textos e espalhando ideologias.
Vamos falar rapidamente de cada tópico com o fim de contextualizá-los:
1- Há quanto tempo as irresponsáveis e depravadas liberdades sexuais vêm sendo embandeiradas por grupos sociais e políticos? Tomemos como exemplo as posturas de deputados como o senhor Luiz Mott. Ou mais: A tentativa vergonhosa de nos enfiarem goela abaixo o tal kit anti-homofobia. Ou ainda: A praticamente proibição da palavra "homossexualismo", substituída pelo impróprio termo "homoafetividade", com a óbvia intenção de eufemisticamente, tornar mais palatável, a idéia, aos nossos filhos e filhas. Sim, porque é a mentalidade deles que esse governo quer deformar, com tais baixarias travestidas de ações políticas.
2- Os canais de rádio e TV são todos de propriedade do Governo Federal e concedidos aos empresários pelo próprio poder Executivo: existe maneira mais sutil e eficaz de se manter sob controle do governo as propagandas e a consciência de um povo? Alguém já ouviu, através da grande mídia, qualquer referência ao Foro de São Paulo? À sociedade do PT com as Farc ou outros tantos escândalos?
3- Ainda existem pessoas, hoje em dia, que acreditam que o PT e o PSDB são partidos opositores. Não são opositores. São partidos de esquerda. Ambos. Nasceram do mesmo útero e muitos dos fundadores do segundo, por pouco não tomaram parte na fundação do primeiro. Foi o caso de FHC, por exemplo. Portanto, eles não discutem ou debatem idéias. Não disputam pela defesa de crenças políticas, econômicas ou sociais. Disputam apenas o poder. E esse revezamento passa ao brasileiro comum, a imagem de democracia. De mudanças de poder. E digo mais: uma vez nas mãos desses partidos, dificilmente retornará, o poder, à esfera democrática plena. Até porque não existe mais oposição no Brasil, haja vista o ostracismo de partidos como o DEM, antigo PFL, o PSL, o fim do PL ao se unir ao PRONA numa nova sigla: o PR, entre outros. A esquerda, dona do poder, através dessas duas frentes, dissemina discussões e discórdias improfícuas na sociedade, com o fim único de jogar um povo contra si mesmo. Alguém se lembra dos protestos burros dos animais "peessedebistas" de São Paulo contra os eleitores de Dilma, supotamente nordestinos?
4- Os verdadeiros líderes deixaram de existir há muito tempo, o que prova a eficácia dos presentes preceitos.
5- Bom, escrúpulos e esquerda, socialismo ou comunismo são palavras que não cabem na mesma frase. Tentaram tomar o poder pela luta armada, roubaram, sequestraram, praticaram terrorismo, (isso pra se falar só em Brasil) e falharam. Entretanto, vestidos de pele de cordeiro assumiram de vez o poder e com ele se esbaldam em esquemas corruptos e indecentes, fazendo pensar, ainda, a população comum, que o legal e o político são coisas completamente independentes entre si. Uma não tem nada a ver com a outra. Duvida? leia essa declaração de Antonio Palocci ao ser retirado do cargo de ministro chefe da casa civil, tentando justificar os motivos das escabrosas suspeitas que pesavam sobre si: “O mundo jurídico não trabalha no mesmo diapasão do mundo político”. Ou seja: política não precisa se ater às leis. Assim, escrachado.
6- Alguém se lembra do aumento das taxas de desemprego, do aumento da dívida pública e da vulnerabilidade econômica nacional quando da teimosa manutenção da paridade cambial entre Dólar e Real pela equipe econômica do governo FHC, como qualquer outro, um esquerdista?
7- Alguém se lembra das orígens de Lula e do PT através das bases sindicais? Não estou, é lógico, criticando o direito a greves. Critico, antes, a disseminação ideológica pró socialismo, esse regime historicamente assassino, através de movimentos de trabalhadores, evidentemente, uma classe de massa menos esclarecida e, portanto, vulnerável a ideologias messianicas.
8- PCC, MST, CV, PT, etc. Há evidências gritantes da relação dessas organizações e mais outras como o MIR, (Movimiento de la Izquierda Revolucionária do Chile) de onde vieram os sequestradores do empresário Abílio Diniz, com o Partido dos Trabalhadores. Precisa falar mais alguma coisa?
9- Esquerda e valores morais? Ou legais? Ou qualquer tipo de valor que seja baseado em princípios honestos e sinceros? Basta nos lembrarmos que a presidente Dilma é a favor do aborto. Participou de assaltos, sequestros e atos terroristas. Basta nos lembrarmos da gigantesca matança e confisco de propriedades dos países onde se instalou o regime socialista. Senhores, crime é crime. Morte é morte. Ideologia nenhuma torna um crime aceitável. Nada torna uma morte menos trágica para a vítima e seus familiares. Nada.
10- Vocês se lembram que há pouco tempo houve uma campanha de desarmamento? Houve um referendo popular e tudo, onde o povo decidiu manter seu direito a possuir uma arma. Pois depois da matança na escola em Realengo, cometida por um sociopata desequilibrado, os retardados vieram mais uma vez falar em proibir de vez a venda de armas legais no Brasil. Ou seja: esse negócio de democracia é conversa pra boi dormir. A soberania nacional pertence é aos três poderes e não ao povo brasileiro. E mais: eles ainda acham que o vagabundo que queira matar o mundo inteiro vá nas lojas comprar uma arma registrada! Em vez de proibir a venda de armas legais a cidadãos de bem, o governo tem a obrigação é de proteger nossas fronteiras contra a entrada de drogas e armas contrabandeadas. Mas não. Mais uma vez a culpa é do cidadão.
Quero, com este post, deixar bem clara a minha total recusa em aceitar como séria a política brasileira. Quero deixar clara a minha repulsa à desintegração social e moral do ser humano. Não quero, com isso, que pensem que eu tenha um raciocínio liberal e direitista. Nunca. Ambos, direita e esquerda, são venenos sociais. São formas de exploração de uma sociedade.
Foi-me sempre difícil engolir essa história de que o Estado é uma personalidade. De que acima dos atores políticos paira a personificação do interesse coletivo. Não, não existe o coletivo, a gente já é bem grandinho pra acreditar nessas coisas.
Ainda assim, custava-me acreditar em quaisquer teorias que lançassem dúvidas sobre a história escrita e consagrada. A história dos livros, segundo a qual todas as ações humanas, no decorrer dos tempos foram guiadas pelas mais sublimes intenções. Que os acontecimentos políticos tinham o lastro de ideologias e crenças nobres. Que a História era apenas manchada, de quando em quando, por figuras psicóticas como Nero, Hitler, Calígula e por aí a fora.
Quão ingênuo a gente é, em acreditar nisso. Em acreditar na boa vontade humana, quando afeta aos mecanismos do poder. Em questões que envolvam vultosas somas de dinheiro, esquemas de controle econômico, politico, etc., nem a moral, nem a ética e nem a religião são capazes de alcançar e enobrecer as motivações dos homens públicos.
Não, os psicóticos não são excessão. São a tônica dominante. Hitler, com seu antissemitismo não foi pior do que Roosevelt que, sabendo de antemão da iminência do ataque Japonês a Pearl Harbor, tratou de retirar os navios mais novos e caros e trazê-los a portos continentais, deixando sem aviso os soldados e oficiais daquelas bases, para que morressem e justificassem, diante da opinião pública americana, a entrada dos Estados Unidos na guerra. Se o primeiro matou milhões por julgar sua raça superior, o segundo condenou seus próprios irmãos à morte trágica, indigna e desnecessária, por repugnantes questões econômicas.
Não tenho fé no homem. Não tenho fé na humanidade. Não acredito num futuro melhor. Hoje é o futuro de algum dia no passado, quando outros sonharam este mesmo sonho, de um dia, ter orgulho de olhar nos olhos de um filho e dizer: Nós construímos o amanhã.
Postado por Ricardo às 15:07:00
Um comentário:
Neide Rodrigues disse...
Pura verdade.É através de cargos importantes que psicopatas, déspotas se escondem para cometer atrocidades em nome de um povo, de uma naçao e/ ou ideologia.Estamos realmente crescidinhos para acreditar em politico serio que quer representar um povo. O que querem na verdade é apropriar do bem publico e achincalhar cada vez mais o que chamam de democracia. Grande abraço. Neide Rodrigues
21 de julho de 2011 15:40
Postar um comentário
Postagem mais recente Postagem mais antiga Início
Assinar: Postar comentários (Atom)
Páginas
Início
Pesquisar este blog
Quem sou eu
Minha foto
Ricardo
Escrevendo sou um ótimo sujeito, mas vivendo sou um péssimo escritor.
Visualizar meu perfil completo
Arquivo do blog
Seguidores
Blogs que acompanho
LIBERTATUM
BLOG DO MARIO FORTES
Criacionismo
A DIREITA BRASILEIRA EM AÇÃO
Blog Gilberto Theiss - Teologia - Arqueologia - História
Alerta Total
Julio Severo
Humor Darwinista
notalatina
Minuto Profetico
Portal Bíblico
UNIDEFAN - União Internacional de Defesa da Família Natural
Carlos Timm
DESCONSTRUINDO O COMUNISMO!
Conexão Conservadora
Blog do Pim - agora na VEJA!
Realidade em Foco
ANTI FORO DE SÃO PAULO
Iba Mendes
CHESTERTONBRASIL.ORG
Clube da Esquina - Principal
Saúde e Família
Notícias Direitas - Blog de Notícias para Direitistas e Conservadores
147 Respostas to “Pentagrama esotérico”
Por favor saberia me informar qual o significado do Hexagrama de Salomão para Maçonaria? Obrigado
Já as diversas linhas maçônicas existentes no mundo físico são resquícios da autêntica Maçonaria, que é a que nos referimos antes…